As mudanças das fabricas afetaram a produção, mas a versão em comprimido continua com abastecimento normal, conforme o fabricante
O medicamento Rivotril (clonazepam), amplamente utilizado no tratamento de ansiedade e convulsões, está em falta nas farmácias brasileiras em suas versões líquida (2,5 mg/mL em gotas) e sublingual (0,25 mg). O desabastecimento, segundo a Biopas Brasil Produtos Farmacêuticos, é temporário e ocorre devido à transferência das fábricas responsáveis pela produção.
De acordo com a empresa, a linha de fabricação do Rivotril em gotas será transferida para a Itália, enquanto a versão sublingual passará a ser produzida na Espanha. A previsão é que o produto líquido volte ao mercado ainda em 2025. Já o comprimido sublingual deve ser redistribuído apenas no primeiro semestre de 2026.
Apesar da escassez de algumas apresentações, a versão em comprimidos de 2 mg (caixa com 30 unidades) continua disponível normalmente, segundo a fabricante. Em novembro de 2024, a Blanver, detentora do registro do Rivotril no Brasil, já havia anunciado a suspensão temporária da produção de outras versões, como os comprimidos de 0,5 mg e 2 mg em embalagens com 20 unidades.
A falta do medicamento já é percebida em diversas capitais, como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Em Porto Velho e outros municípios de Rondônia ainda não houve alerta de falta dos medicamentos. Grandes redes de farmácias nas principais capitais confirmam a indisponibilidade da versão em gotas em várias unidades.
No site Reclame Aqui, consumidores relatam dificuldade para encontrar o remédio, ressaltando que a interrupção do uso pode trazer riscos à saúde. 'É um absurdo considerando que é um medicamento que não pode ser descontinuado de forma abrupta', afirmou um cliente.
Até o momento, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde não se pronunciaram sobre o problema.