A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou nesta segunda-feira (16) a primeira imagem do submarino Titan, que implodiu durante uma viagem aos destroços do Titanic em junho do ano passado, no fundo do oceano. A foto foi compartilhada durante o primeiro dia de audiências sobre o incidente.
A imagem mostra a cauda do submersível, achada em 22 de junho de 2023, quatro dias após a implosão, por um veículo operado remotamente. Segundo investigações da Guarda Costeira, a descoberta confirmou a morte dos cinco passageiros do veículo. A parte achada se separou do restante da embarcação e se preservou parcialmente.
Os destroços do submersível foram encontrados a muitos metros de distância do local do Titanic, destino final do presidente da OceanGate, empresa responsável pelo passeio, Stockton Rush, o bilionário Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada e seu filho Suleman Dawood, e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e especialista no naufrágio do navio que deu origem ao filme de 1997, que estavam a bordo do veículo.
O inquérito da Guarda Costeira sobre a implosão ainda não foi concluído. A princípio, as audiências sobre o incidente acontecerão até o dia 27 de setembro, quando o órgão pretende enviar um relatório com a conclusão das investigações, além de diversas recomendações, ao governo dos EUA.
Ultima mensagem enviada
Além da primeira imagem dos destroços, a Guarda Costeira americano divulgou também a última mensagem de texto enviada do submersível. "Está tudo bem aqui": esta foi a última notícia recebida do comandante do Titan por meio de um sistema de comunicação entre a embarcação e o centro de comando. Logo depois, as comunicações com o veículo foram perdidas.
Até hoje, não se sabe se os tripulantes desconfiaram de que algo estava errado antes da implosão. Durante as buscas, sondas registraram sons repetidos, apontados pela equipe como possíveis batidas de dentro do Titan como um pedido de ajuda. A hipótese, no entanto, nunca foi comprovada.
Segundo investigadores, é mais provável que os problemas não tenham sido notados antes do submersível implodir. As autoridades ainda revelaram que o Titan nunca recebeu qualquer revisão por técnicos de fora da OceanGate, empresa que criou o veículo.