PERIGO: Campanha combate uso de cigarros eletrônicos por jovens e adolescentes

Segundo Ministério da Saúde, equipamentos estimulam uso cada vez mais precoce do tabaco

PERIGO: Campanha combate uso de cigarros eletrônicos por jovens e adolescentes

Foto: Getty Images/iStockphoto

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram na quarta-feira (29) uma campanha para prevenir o uso de cigarros eletrônicos.

 

“Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco representam uma ameaça, incentivando uma iniciação precoce ao tabagismo”, afirmou o ministério em comunicado.

 

Dados do ministério mostram que crianças e adolescentes que utilizam cigarros eletrônicos têm pelo menos o dobro de chances de fumar cigarros tradicionais mais tarde na vida.

 

“Usando uma linguagem jovem, a campanha busca promover uma mudança de comportamento e proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco. Ela também alerta sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, visando garantir e ampliar seu mercado consumidor”.

 

 

 

 

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 revelou que 16,8% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, com 13,6% entre 13 e 15 anos e 22,7% entre 16 e 17 anos. A experimentação foi maior entre os meninos (18,1%) do que entre as meninas (14,6%).

 

Houve variações regionais significativas: a experimentação foi maior nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), e menor no Nordeste (10,8%) e no Norte (12,3%).

 

Além disso, aumentou o número de estudantes de 13 a 17 anos que relataram consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à pesquisa, de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.

 

Impactos

 

O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), incluindo cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, contêm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, tornando suas emissões prejudiciais tanto para os usuários diretos quanto para os expostos aos aerossóis.

 

“Mesmo os produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas”, salientou o ministério. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando o aprendizado e a saúde mental”.

 

Ainda segundo o ministério, o consumo de tabaco é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias, além de mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer e outras condições de saúde debilitantes.

 

“Estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto. A exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem ingerir o líquido ou as cápsulas”.

 

Anvisa

 

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução proibindo a comercialização, fabricação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil.

 

Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

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