O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo na manhã desta segunda-feira, 29, de uma operação da PF (Polícia Federal) que investiga a realização de espionagem ilegal na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante a gestão do ex-mandatário.
Segundo a apresentadora Daniela Lima, do programa “Conexão GloboNews”, a corporação teria encontrado um computador da Abin com o vereador. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Carlos Bolsonaro e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Alguns assessores do vereador também são alvos da operação.
Um segundo computador da Abin teria sido encontrado e apreendido na residência de um dos assessores do vereador, que é casado com uma funcionária da agência.
Ao todo, a corporação cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis (RJ – 1), Rio de Janeiro (5), Brasília (DF – 1), Formosa (GO – 1) e Salvador (BA – 1).
“Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”, informou a PF.
Há suspeita de que o parlamentar obtinha “materiais” ilegais do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que foi alvo da corporação no dia 25 de janeiro.
O filho do ex-presidente é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele é apontado como o principal responsável pela administração das redes sociais de Jair Bolsonaro.
Até o momento, o vereador ainda não se pronunciou sobre a operação.