O ônibus transportava os migrantes de Darién, área florestal fronteiriça com a Colômbia, até um abrigo na localidade de Gualaca, na província de Chiriquí, 400 km a oeste da Cidade do Panamá, na fronteira com a Costa Rica. De lá, os migrantes poderiam seguir a viagem para o norte.
O veículo sofreu o acidente após quase 14 horas de viagem para percorrer 700 quilômetros. De acordo com a vice-diretora do Serviço de Migração, María Isabel Saravia, o acidente deixou mais de 20 feridos. Ela também informou que 66 migrantes estavam no ônibus, incluindo 20 menores de idade, além dos dois motoristas - um deles faleceu.
As autoridades panamenhas não divulgaram a nacionalidade dos mortos ou feridos. Porém, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, informou no Twitter que "cidadãos cubanos" estão entre os mortos. Colômbia e Equador também confirmaram as mortes de cidadãos.
"Esta notícia é lamentável para o Panamá e para a região. O Governo Nacional estende suas condolências aos familiares dos mortos neste acidente e reitera seu compromisso em continuar oferecendo ajuda humanitária e condições dignas para enfrentar a migração irregular", tuitou o presidente panamenho, Laurentino Cortizo.
"Relatórios preliminares apontam que o motorista passou da entrada do albergue e que, ao dar a volta, ocorreu este acidente. As causas estão sendo investigadas", disse a jornalistas a diretora do Serviço de Migração, Samira Gozaine.
Segundo veículos de imprensa locais, o ônibus saiu da estrada em uma curva e caiu em um barranco, onde bateu em uma pedra grande e em um micro-ônibus parado em uma rodovia mais abaixo. "O ônibus atingiu uma pedra e atingiu meu ônibus, parece que foram os freios", disse à imprensa local Edgar Guerra, um dos passageiros do micro-ônibus.
"Vimos que se aproximava, nos jogamos debaixo dos assentos, o motorista e eu, e não sofremos nada por causa disso", acrescentou.