DINHEIRO VIVO: Bolsonaro mantinha ‘rachadinha’ no Planalto e 'coronel Cid' pagava contas

Descobriu-se também que até contas de amiga de Michele Bolsonaro eram pagas

DINHEIRO VIVO: Bolsonaro mantinha ‘rachadinha’ no Planalto e 'coronel Cid' pagava contas

Foto: Divulgação

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O ex-presidente operava um esquema de ‘caixa paralelo’ com seu ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, que pagava contas em dinheiro vivo, na ‘boca do caixa’, inclusive um ‘cartão adicional’ de uma amiga de Michelle Bolsonaro. A revelação foi feita pelo Portal Metropoles, em reportagem de Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, publicada nesta sexta-feira.
 
 
Os detalhes vieram das investigações da Polícia Federal abertas pelo Supremo Tribunal Federal.
 
 
Jair Bolsonaro é o rei das rachadinhas. O ex-presidente operava um esquema de ‘caixa paralelo’ com seu ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, que pagava contas em dinheiro vivo, na ‘boca do caixa’, inclusive um ‘cartão adicional’ de uma amiga de Michelle Bolsonaro. A revelação foi feita pelo Portal Metropoles, em reportagem de Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, publicada nesta sexta-feira.
 
 
Os detalhes vieram das investigações da Polícia Federal abertas pelo Supremo Tribunal Federal.
 
 
As primeiras análises do material já apontavam que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do clã presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
 
 
Durante a investigação, os policiais se depararam com um modus operandi que lembrava em muito aquele adotado pelo clã bem antes da chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e que, anos depois, seria esquadrinhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro nas apurações das rachadinhas do hoje senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do ex-presidente. Dinheiro manejado à margem do sistema bancário. Saques em espécie. Pagamentos em espécie. Uso de funcionários de confiança nas operações. As semelhanças levaram a um apelido inevitável para as transações do tenente-coronel do Exército: “rachadinha palaciana”.
 
 
As investigações desceram à minúcia das transações. A partir dos primeiros sinais de que várias delas haviam sido feitas em espécie, os policiais esquadrinharam as fitas de caixa e pediram até as imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos – a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.
 
 
Da mesma forma que o MP do Rio conseguiu documentar o notório Fabrício Queiroz, operador das rachadinhas, pagando em dinheiro vivo contas de Flávio Bolsonaro, os policiais a serviço de Alexandre de Moraes foram buscar os registros em vídeo de que pessoas da equipe de Cid, o ajudante de ordens do presidente, eram as responsáveis por quitar – também em espécie, assim como Queiroz – os boletos do presidente, da primeira-dama e de seus familiares.
 
 
Entre os pagamentos, destacavam-se faturas de um cartão de crédito adicional emitido por uma funcionária do Senado Federal de nome Rosimary Cardoso Cordeiro. Lotada no gabinete do senador Roberto Rocha, do PTB do Maranhão, Rosimary é amiga íntima de Michelle Bolsonaro desde os tempos em que as duas trabalhavam na Câmara assessorando deputados.
 
 
O material reunido nas investigações sobre o tenente-coronel o coloca na cena da sucessão de atos antidemocráticos que já vinham sendo investigados por Moraes e que culminaram com a invasão das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. Pela proximidade com Bolsonaro e pela função que o militar exercia no Planalto, o ex-presidente é peça indissociável dos movimentos que ele fazia.
 
 
Em mensagens de texto e áudio, o tenente-coronel funcionava como elo entre Bolsonaro e vários dos radicais que há tempos vinham instigando a militância bolsonarista a atentar contra as instituições. Há fartas evidências nesse sentido. Um dos contatos frequentes de Cid era Allan dos Santos, o blogueiro que vive nos Estados Unidos e em outubro de 2021 teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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