Segundo a mãe, a jovem avisava aos médicos que estava com barriga, pernas e rosto dormentes e os médicos falavam que era normal
Foto: Divulgação
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Uma família acusa o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes em Saracuruna, Duque de Caxias, de negligência médica. Letícia Ribeiro da Silva, de 23 anos, grávida de oito meses, se internou na última terça-feira, por volta das 8h, para dar à luz a Noa Lorenzo. Mas ela e o menino saíram de lá sem vida.
Segundo o marido Matheus Martins, de 24 anos, a mulher sempre teve uma gravidez saudável e todos os exames estavam em dia. De acordo com ele, a única orientação que o casal sempre teve é que o parto deveria ser uma cesariana porque o bebê era grande e ela não teria a passagem necessária para um parto normal.
No entanto, segundo a mãe da jovem, Rosângela Ribeiro, 43, e o marido, os médicos insistiram no parto normal, o que ocasionou a morte da mãe e de Noa, que seria o segundo filho do casal. O outro tem 6 anos.
“Eu levei minha filha para o hospital andando e falando normal. Com dores de parto como toda grávida. Mas o que fizeram com a minha filha não foi um parto, foi uma tortura. Sacrificaram a minha menina e eu vi tudo. Ela teve rompimento de útero e o meu neto morreu asfixiado com o sangue”.
Rosângela conta que enquanto os médicos forçavam a barriga da jovem, ela avisava que estava com o rosto, barriga e pernas dormentes e os médicos falavam que era normal.
“Eles só levaram minha filha para a cesárea quando ela desmaiou e caiu da maca. Eu pedi para molhar o rosto dela e eles falavam que isso era coisa de filme e que era pra ela parar de show e ter força”, lamentou.
Procurada, a direção do hospital informou que Letícia Ribeiro da Silva deu entrada na unidade em evolução de parto normal mas teve uma complicação e precisou passar por uma cirurgia de emergência e veio a óbito, assim como o bebê. Sobre a situação da paciente ter caído da maca, a unidade de saúde não comentou sobre o caso.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que irá apurar os fatos com rigor
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