CRONOS: Operação contra suspeitos de homicídios e feminicídios termina com 2.627 presos no país

Mais de 7.800 policiais civis de todo o Brasil participaram das ações, que visam a combater os crimes de homicídio e feminicídio, tentados e consumados

CRONOS:  Operação contra suspeitos de homicídios e feminicídios termina com 2.627 presos no país

Foto: Divulgação

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Policiais civis de todo o país foram às ruas dos 26 estados e do Distrito Federal nessa sexta-feira (24) em uma megaoperação pelo cumprimento de mandados de prisão de suspeitos de homicídios e feminicídios (consumados ou tentados).

 

Nesta sexta-feira (24), em ação integrada do Ministério da Segurança Pública com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, foi deflagrada a Operação Cronos. Mais de 7.800 policiais civis de todo o Brasil participaram das ações, que visam a combater os crimes de homicídio e feminicídio, tentados e consumados.

 

Balanço divulgado neste sábado (25) com os resultados finais da operação apontou que, em todo o país, apontou que 2.627 suspeitos foram detidos e 341 adolescentes, apreendidos. Dentre os presos, foram contabilizados 42 pela prática de feminicídio, 404 por homicídio e 289 por crimes relacionados à Lei Maria da Penha. Outras 640 pessoas foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas entre outros, e 1.252 foram presas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes. 

 

Além disso, 146 armas e 383 quilos de drogas foram apreendidos. Ao todo, participaram 7.800 policiais civis nos 26 estados da federação e no Distrito Federal.

"Com a prisão dos autores de homicídios e feminicídios, espera-se o impedimento da prática de novos crimes", informou o ministério da Segurança Pública, em nota. "É, na prática, o que representa o Susp (Sistema Unificado de Segurança Pública). Uma atuação unificada das inteligências de operações com a participação do Ministério Público e do Judiciário para combater a violência", afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. 

 

Coordenada pelo Concpc (Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis), a ação foi definida após reunião no mês passado com Jungmann. Em alguns estados, também são realizadas prisões de pessoas que descumpriram medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. 

 

Emerson Wendt, delegado e presidente do Concpc, informou que todos os mandados expedidos são de prisões temporárias e preventivas. "O foco principal da operação é preservação da vida e do tempo natural da vida das pessoas, que é o que é cortado pelos autores. Também em razão aos dados do número de homicídios divulgados recentemente. A gente quer dar uma resposta a isso", afirmou.

 

Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste mês, 2017 foi o ano com mais mortes violentas intencionais registradas no Brasil na série histórica feita pelo órgão, desde 2013. Foram 30,8 mortes para cada 100 mil habitantes no ano passado. Em números absolutos, 63.880 pessoas foram assassinadas em todo o país, o que representou aumento de 3% em relação a 2016.

 

Só no estado de São Paulo, ainda ontem pela manhã, haviam sido presas ao menos 37 pessoas, segundo o Departamento de Capturas, que integra o DHPP (Delegacia de Homicídio e de Proteção à Pessoa). O delegado Osvaldo Nico Gonçalves informou que há, inclusive, homens "com longa ficha corrida por esses tipos de crimes".

 

A operação foi batizada de Cronos. Segundo o ministério, o nome faz referência "à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime". A operação segue em andamento.

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