Leitor envia biografia e planos militares de Hugo Chávez para América Latina - imagem
HUGO CHÁVEZ: O HOMEM, O MITO
Biografia
O presidente Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em Sabaneta, Venezuela, no dia 28 de julho de 1954. Filho dos professores Hugo de los Reyes Chávez e Elena Frías de Chávez, foi criado, desde tenra idade, pela avó paterna, Rosa Inés Chávez. Em 1966, concluiu o ensino fundamental no Grupo Escolar Julián Pino e ingressou no Liceu Daniel Florencio O’Leary, graduando-se Bacharel em Ciências.
Aos 17 anos, ingressou na Academia Militar da Venezuela concluindo o curso de Ciências e Artes Militares da arma de Engenharia em 5 de julho de 1975, com a graduação de Subtenente. Realizou os seguintes cursos militares: ainda no ano de 1975, o Curso Básico de Comunicações, classificando-se em terceiro lugar numa turma de 25 alunos, em 1979, o Curso Intermediário de Blindados, primeiro lugar entre 25, em 1983, o Curso Avançado de Blindados, primeiro lugar entre 32 e nos anos 1991/92 o Curso de Comando e Estado Maior. Participou Ainda, em 1988, do Curso Internacional de Guerras Políticas, na Guatemala, e nos anos de 1989/90 de Mestre em Ciências Políticas na Universidade Simon Bolívar.
Amante dos esportes, participou ativamente de diversos campeonatos a nível nacional e internacional de beisebol e softbol. É autor de diversos contos e poesias e da peça teatral "O Gênio e o Centauro" que foi premiada no Teatro Histórico Nacional em 1987. É, ainda, autor de diversas obras de artes plásticas, como "Sombra de Guerra no Golfo".
O Golpe
No dia 4 de Fevereiro de 1992, o então tenente-coronel Hugo Chávez protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez. A tentativa, embora fracassada, serviu para alavancar a figura de Hugo Chávez no cenário nacional. Graças à anistia sancionada pelo novo presidente, Rafael Caldera Rodríguez, Chávez é libertado. Imediatamente abandona a carreira militar e ingressa definitivamente na política. O agravamento da crise social venezuelana e o crescente descrédito nas instituições políticas nacionais o favorecem.
Chávez Presidente
Em 1999, vence as eleições para a presidência da Venezuela interrompendo quatro décadas de domínio dos partidos tradicionais. Ao tomar posse, determinou a realização de um referendo sobre a convocação de uma nova Assembléia Constituinte cujo resultado foi favorável à instalação da Assembléia. Nas eleições para a Constituinte, os partidários de Chávez conquistaram 120 dos 131 lugares e conseguiram aprovar a Constituição da República Bolivariana da Venezuela que concedeu maiores poderes ao presidente, ampliando as prerrogativas do executivo em detrimento dos demais poderes.
A biografia aponta para um homem inteligente, obstinado e contraditório, ao mesmo tempo em que é demonizado pelos americanos como caudilho autoritário é endeusado pelos descamisados venezuelanos, existem imagens de Chávez sendo veneradas em altares públicos e muitos de seus colaboradores o vêem como a própria reencarnação de Simon Bolívar. Sua figura desperta muita emoção e uma fé quase que religiosa entre seus seguidores. Ele é a conexão entre o capital multimilionário oriundo do petróleo e a endêmica pobreza dos venezuelanos, ele representa a esperança, o sonho para que 80% da população que vive abaixo da linha de pobreza possa vir a usufruir melhores condições de vida.
À sua sombra florescem figuras como Rafael Correa (presidente do Equador) e Evo Morales (presidente da Bolívia) marcando o início de uma tendência esquerdista na latino-américa, que pode ser justificada pelo fracasso das receitas neoliberais dos governos anteriores. Não há dúvidas de que Chávez é o grande articulador do confronto entre Brasil e Bolívia mostrando aos demais países americanos a tibieza do governo brasileiro aproveitando-se da inépcia de nossa política externa, procurando assegurar uma posição política hegemônica na América Latina.
Revolução Bolivariana
Chávez assumiu o controle da companhia estatal ‘Petróleos de Venezuela’ colocando-a a serviço dos seus programas sociais permitindo a erradicação do analfabetismo e melhorando a assistência médica com o apoio de milhares de médicos cubanos (em troca de petróleo mais barato a Cuba). A elevação dos preços do petróleo, em decorrência do aumento do consumo na Ásia e das crises nas regiões produtoras têm permitido cumprir, com rigor, as metas de sua ‘Revolução Bolivariana’.
O Programa de Governo prevê incentivo para a criação de mais cooperativas para atender ao setor de serviços, reduzir a fiscalização para as microempresas, investir na construção civil com obras públicas e casas populares, objetivando a criação de empregos. Na agricultura, a proposta tem sido estimular a produção em pequenas propriedades através da formação de novas cooperativas, preservando a propriedade privada, mas com uma proposta efetiva de melhorar a distribuição da riqueza.
Chávez e a Guiana Essequiba
A demanda de Chávez no que tange à região da Guiana Essequiba, no nosso humilde entender, absolutamente justa, não poderia ser manifestada de modo mais claro e contundente. Não há dúvidas de que as decisões das Comissões e Laudos Internacionais continham vícios de origem favorecendo à Inglaterra em prejuízo da Venezuela.
Em 2003, pela primeira vez, a ‘Guayana Esequiba’ esteve representada no concurso de Miss Venezuela tendo como candidata ao título a miss Diana Carolina Díaz Pérez;
A Assembléia Nacional Venezuelana aprovou, no dia 7 de março de 2006, o projeto do presidente Hugo Chávez que modificava a bandeira da Venezuela acrescentando uma oitava estrela, estrela essa que era um tributo à contribuição da província da Guiana por sua luta pela independência no século XIX;
O site do Exército Nacional Bolivariano mostra nos mapas que definem as áreas de atuação de suas seis divisões a ‘Guiana Essequiba’ como parte integrante do mapa da Venezuela.
(http://www.ejercito.mil.ve/ejercito/index.php)
Conclusão
As ações nada ortodoxas do presidente venezuelano, longe de serem arroubos caudilhescos, levam-nos a conjeturar, tendo em vista sua biografia, que visam a objetivos bem definidos que são:
assumir a liderança da política latino-americana mesmo que para isso necessite estimular a rivalidade de parceiros como Morales e Lula enquanto fortalece acordos bilaterais com outros países sul-americanos, seus projetos incluem a construção do Gasoduto do Sul, do Banco do Sul e a implementação de um Mercosul Social. Fora das Américas, amplia as relações comerciais com o Irã consolidando seu apoio político ao programa nuclear iraniano, mantém contatos permanentes com a China e se aproxima cada vez mais da Rússia;
conquistar a Guiana Essequiba pelos meios diplomáticos só partindo para o confronto armado em última instância. Em 2006, o protesto foi submetido à intermediação da Secretaria Geral das Nações Unidas sob as condições do Acordo de Genebra;
edificar os alicerces da Grã-República Bolivariana, sonho de Simon Bolívar, visando à reintegração da Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá e possivelmente, da Bolívia, logicamente sob a direção da atual Venezuela.
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