CAFÉ ROBUSTA: Cacoal recebe prova por especialistas de matrizes genéticas

Pesquisadores, baristas e degustadores profissionais retomam estudos para entender sabor diferenciado de espécie rondoniense

Rondoniaovivo

22 de Fevereiro de 2024 às 09:16

Atualizada em : 22 de Fevereiro de 2024 às 09:34

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CAFÉ ROBUSTA: Cacoal recebe prova por especialistas de matrizes genéticas

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

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Um grupo de especialistas, incluindo pesquisadores, baristas e provadores profissionais, se reuniram recentemente em Rondônia para explorar as nuances dos cafés robustas e suas origens genéticas.

O encontro, realizado em Cacoal, considerada a capital do café na região, teve como objetivo principal analisar o perfil sensorial das progênies de robustas, ou seja, a matriz genética por trás desses cafés.

Enrique Alves, pesquisador da Embrapa, destacou a importância desse “momento de redescoberta e releitura dos cafés que originaram os robustas amazônicos, uma mistura genética entre os robustas e o conilon”.

O encontro contou com a participação de renomados especialistas da área científica, empresarial e da cadeia de torrefação, para avaliar a riqueza dos materiais genéticos encontrados em Rondônia.

Um total de 350 amostras da coleção da Embrapa Rondônia, fornecidas pelo Instituto Agronômico de Pesquisa (IAC), foram avaliadas pelos participantes, revelando cafés com perfis sensoriais exóticos, que variavam de floral a frutado.

Os Robustas Amazônicos representam o resultado de décadas de evolução dos cafés da espécie canéfora, encontrando nas Matas de Rondônia condições ideais para seu desenvolvimento.

Esses cafés têm se destacado nacionalmente pela qualidade, produtividade e sustentabilidade, sendo inclusive reconhecidos com a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem para café canéfora sustentável.

Para manter a evolução dessa produção, o professor Lucas Louzada, do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), participou da pesquisa, enfatizando “a importância de selecionar materiais genéticos com alta produtividade, resistência a doenças e perfis de qualidade superior para impulsionar a cafeicultura de Rondônia para o futuro”.

Além das análises sensoriais, parte da pesquisa envolve estudos químicos para compreender a relação entre a genética das plantas e as características sensoriais dos cafés.

O encontro faz parte do projeto "Rede estadual de avaliação de cafés do estado de Rondônia", uma parceria entre a Embrapa e o Governo de Rondônia, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec).

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