Segundo pesquisa da UNIR, itens custam quase 14% a mais do que em dezembro de 2021
Foto: Adobe Stock/Google
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A cesta básica continua pesada no bolso do consumidor em Porto Velho. É o que aponta o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Segundo o levantamento, a cesta custa 13,75% a mais do que em dezembro de 2021. Somente durante todo ano de 2022 houve um aumento de 13,53%.
Ainda de acordo com o levantamento, o valor da cesta básica em dezembro ficou em R$ 603,16. Um forte aumento de 3,22% na comparação com o mês de outubro, quando custava R$ 584,33.
Lembrando que a UNIR analisa vários gêneros alimentícios que estão fora daquelas cestas prontas vendidas em supermercados e mercados da cidade.
Detalhes
Dos 12 produtos pesquisados, nove apresentaram aumento de preço em dezembro quando comparados com novembro: feijão (12,66%), carne (6,99%), tomate (5,43%), farinha (4,44%), banana (1,85%), óleo (1,72%), manteiga (1,44%), pão (1,17%) e arroz (0,30%).
Por outro lado, apenas três tiveram queda no último mês do ano: leite (- 13,79%), café (- 3,64%) e açúcar (- 3,24%).
“O aumento de 13,53% no ano na cesta básica é em grande parte devido ao aumento nos últimos três meses, que chegou a 11,48%. A carne teve 15,42% de aumento nos últimos dois meses sinalizando aumento da demanda com as festas de fim de ano. No geral, o aumento da demanda por alimentos essenciais representados pelos itens que compõem a cesta básica é reflexo principalmente do aumento da transferência de renda do governo para as famílias mais pobres”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso.
E ele completa a análise: “Também reflete a queda do preço da gasolina e do etanol, que propiciou alívio no bolso da classe média que tem carro levando também ao aumento na demanda por alimentos”.
Para o coordenador da pesquisa da cesta básica, houve queda na oferta de produtos como o feijão e a mandioca, o que pode explicar a forte subida nos preços.
“Dos itens que tiveram maior aumento em relação ao ano passado destaca-se o feijão com aumento de 41,05% e a farinha de mandioca com aumento de 40,13%. O preço do feijão retomou o aumento no preço com a queda na produção, o que afetou a oferta do produto nos mercados. No caso da farinha de mandioca boa parte dessa aceleração de preços se deve à contínua redução de área de plantio”, explica Jonas Cardoso.
Preço amargo
O peso no bolso fica ainda mais claro quando analisamos os reajustes dos valores dos alimentos entre dezembro do ano passado com dezembro do ano passado.
O campeão disparado é um item bastante apreciado pelos rondonienses: o feijão (+ 41,05%). Em segundo lugar, está a farinha de mandioca (+ 40,13%). E na terceira posição, a manteiga (+ 27,11%).
A lista do rombo no orçamento segue com pão (+ 26,49%), banana (+ 22,18%), leite (+ 19,37%), tomate (+ 18,66%), café (+ 10,66%) e arroz (+ 4,45%).
O levantamento registrou apenas três produtos com pequena queda nos valores: carne (- 3,26%, óleo (- 1,11%) e açúcar (- 0,72%).
A instituição apontou que os 12 principais produtos que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais de Porto Velho.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!