Doces em compota, pastoso, geleia, corte e cremoso estão sendo ensinados a mulheres da agricultura familiar em Ji-Paraná
Foto: SECOM-GOVERNO DE RONDÔNIA
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Viúva há cinco anos, a agricultora Maria dos Santos da Silva é uma das 14 mulheres que está aprendendo a fazer doces com as frutas produzidas no quintal do sítio onde mora, na região da Gleba “G”, em Ji-Paraná. Ela participa até quinta-feira (7) do curso de Processamento de Frutas, ministrado por extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Maria dos Santos experimenta a fabricação própria e está otimista em recomeçar a vida com a produção de doces
“Só sabia fazer doce de banana e de figo. Agora já entendo mais da variação da culinária e vejo a possibilidade de participar da criação de uma cooperativa que possibilitará ganhos reais e melhoria da nossa condição financeira”, declarou a futura doceira Maria dos Santos.
Colega de curso dela, a sitiante Elismar Soares avalia a experiência em transformar frutas em doces como um aprendizado que reflete diretamente na economia doméstica. “As frutas temos com sobra em casa. O processamento caseiro implica em redução de gastos extras com guloseimas com as crianças”.
Elismar e Maria dos Santos estão confiantes de que os novos conhecimentos adquiridos vão servir para melhorar a condição econômica.
“Estamos motivadas a dedicar mais nesse segmento alimentício e futuramente compor uma cooperativa, pois a variedade de frutas é grande e todas nós temos interesse em atuar nesta área”, declarou Elismar, no segundo dia de aprendizado.
O curso está sendo realizado nas dependências da comunidade católica Santos Anjos desde terça-feira. A proposta é incentivar as mulheres a desempenhar outros papeis na sociedade, além da rotina de donas de casas.
O curso está sendo realizado nas dependências da comunidade católica Santos Anjos
A matéria prima é farta e variada nas propriedades. A capacitação envolve as técnicas e boas práticas no preparo, no acondicionamento e no armazenamento de doces em compota, corte, pastoso, cremoso e geleia das frutas da época, como manga, jaca, jabuticaba, maracujá, acerola, goiaba e coco, por exemplo.
“A realização do curso tem objetivo social, econômico e, sobretudo, de aproveitamento da matéria prima. O curso e um mecanismo de engajamento da mulher do campo em atividades lucrativas. É uma oportunidade de as participantes transformarem em dinheiro as frutas que habitualmente se perdem no sítio”, explicou a extensionista social Margareth Regalado.
Sobre a implantação de uma cooperativa, Regalado acrescentou que o mercado comporta. “Elas vão amadurecer a ideia de união e as orientações para a abertura da cooperativa serão fornecida pela Emater”, explicou Regalado, que para a instituição da cooperativa as futuras doceiras serão orientadas com curso de produção. Ao final do curso processamento de frutas, as participantes receberão certificados e apostilas sobre a fabricação dos doces.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!