Uma das primeiras empreendedoras da costura de Rondônia a confeccionar e vender máscaras de pano logo no início da pandemia da Covid – 19, Isiara Silva dos Santos volta à cena do empreendedorismo na luta contra a disseminação do novo coronavírus.
Depois de um ano do surgimento da doença que impactou a rotina da humanidade e abalou a economia mundial, a costureira, além de intensificar a divulgação das suas máscaras estilizadas, foca agora na comercialização de protetor facial.
Isiara Silva Santos, empreendedora do ateliê Zizi Modas em Porto Velho
“Minha ideia é lançar peças com cores e estilos diversos”, avisa ela, acrescentando que iniciou a produção do face shield no mesmo período em que começou a confecção de máscaras.
“O momento é de reforçar a prevenção”, frisa a modista que comanda o
ateliê Zizi Modas, localizado na avenida Carlos Gomes, sub esquina com José de Alencar, no centro de Porto Velho.
EPI protege os olhos, uma das portas de entrada do coronavírus
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o protetor facial pode ajudar a se livrar do vírus, mas ressalta que o mesmo deve ser acompanhado por outras medidas de segurança como máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.
Isso é necessário porque o equipamento de proteção individual não cobre completamente o rosto, deixando espaço para que as gotículas expelidas pela boca e nariz escapem.
Enquanto a máscara resguarda o nariz e a boca, o face shield protege o rosto, principalmente os olhos, que são também portas de entrada do vírus, por meio de gotículas lançadas por alguém infectado que não esteja usando a máscara. “É fundamental saber a função de cada EPI”, alerta Isiara sempre conectada ao novo normal.
Concentrada na arte de empreender em defesa da saúde dos seus clientes, Zizi, como é conhecida a empreendedora, vai estrear neste ano, num segmento atingido em cheio pela Covid – 19: o setor cultural. “Acabo de ser convidada para ser figurinista dos espetáculos Canta Zezinho e do Cangaço ao Seringal” festeja.
A comemoração da modista paraibana tem um tom nostálgico. Ela se identifica com os modelitos de cangaceiros, figuras típicas da cultura nordestina.
A paixão pela costura aflorou ainda na adolescência. Inspirou- se em Scarlett O'Hara, a personagem que transformava cortinas em glamorosos vestidos, no memorável filme E o Vento Levou.