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Poucas vezes, ocorrências vergonhas vêm dotadas de caráter educativo, quanto as que a população brasileira, especialmente a de Porto Velho, testemunha, entre enojada e perplexa. Não pelas acusações apontadas pelos órgãos de investigação, porque taras e vícios não são estranhos ao caráter das pessoas e a vida que elas levam. Avulta, nas ocorrências de que se têm ocupado importantes setores da mídia, nos últimos dias, a posição ocupada por muitos que exercem postos de mando na República, aqui e alhures.
O tom educativo que se pode encontrar nas explicações que se processam, sob as luzes e o patrocínio de algumas figuras ilustres da administração pública, resulta da oportunidade em que ele acontece. E de pensar que isso era coisa do passado. Ledo engano. Aí estão os fatos para que quiser vê-los. E toda a população está testemunhando. É a prova cabal de que a maça está pobre. Bonita por fora, mas, por dentro, contaminada.
Mais uma vez, instituições como os Ministérios Públicos Federal e Estadual, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União, dentre outros órgão, dão inestimável contribuição ao esclarecimento da população sobre assunto de seu peculiar interesse, ainda mais porque mandam os bons preceitos éticos que os detentores de responsabilidade diante do público ajam como a mulher de César. Além de ser honesto, é preciso também parecer honesto. Quem responde pelos negócios públicos, além de orientar a conduta dos cidadãos precisa, ele mesmo e em primeiro lugar, dar o exemplo.
Há – repita-se -, inegável aspecto educativo nas denúncias e na forma como elas vêm a público. Por isso, é bom estar atentos para esses aspectos e com eles aprender, mormente quando estamos às portas de novos pleitos eleitorais. Por maiores que sejam a vergonha e o nojo que se abatem sobre cada cidadão e sobre toda a sociedade, a hora é de não somente aprender, como também evitar a repetição de fatos, ainda que educativos, mas extremamente nocivos às finanças públicas.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!