OPINIÃO DE PRIMEIRA – Mulheres nas prisões: será que a maioria delas deveria estar lá? – Por Sergio Pires

OPINIÃO DE  PRIMEIRA – Mulheres nas prisões: será que a maioria delas deveria estar lá? – Por Sergio Pires

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

A participação da mulher em todos os níveis da sociedade só aumenta. E cresce muito mais onde deveria diminuir: no crime. Para se ter uma ideia, a população carcerária feminina no país cresceu 256% entre 2011 e 2012 e a tendência é que aumente muito mais neste ano. Temos quase 35 mil mulheres presas, 7,5% do total de encarcerados em cadeias brasileiras. A exceção é Rondônia, onde o número de presas entre 2012 e 2013 caiu 6,7%. Tínhamos, em junho de 2012, um total de 644 detentas em vários regimes (da reclusão às que estão albergadas) e hoje temos 601. No país inteiro, há ainda 14 mil condenadas, que não estão cumprindo suas penas. Há muitos casos em que elas lideram o crime, comandam quadrilhas, agem com frieza e cometem os mais duros delitos. Mas esses números são exceção. No geral, elas enveredam para o mal, levadas, acompanhando ou até obrigadas por namorados, companheiros, maridos. Em Rondônia, a questão do tráfico de drogas é o grande mote para as condenações. São 90% as que cumprem pena por transporte de drogas ou por servirem de mulas para o tráfico. Há dados importantes sobre as presidiárias: no Brasil, há 508 unidades prisionais para mulheres. Só 58 são exclusivamente femininas e 450 são compartilhadas entre homens e mulheres. A maioria tem idade entre 20 e 35 anos, é chefe de família, possui em média mais de dois filhos menores, apresenta escolaridade baixa e cometeu apenas pequenos delitos.
Tirando-se a minoria de mulheres do mal, que optaram pelo crime como forma de vida ou cometeram atos de crueldade, a grande maioria das presas é mais vítima do que algoz. Elas estão na cadeia, mas poderiam estar livres, se tivessem nova chance. É um caso a se pensar, nesse país onde só se discutem soluções mirabolantes, enquanto o óbvio é ignorado.
DIREITOS BÁSICOS
Ainda dentro do mesmo tema. As mulheres encarceradas, no geral, não são atendidas em direitos básicos: higiene, saúde e manutenção do vínculo com os filhos. Mães podem ficar no máximo seis meses com seus bebês, separando-se deles depois, até o cumprimento da pena. Outro dado importante é de que, em todo o Brasil, apenas 15 ginecologistas trabalham em unidades prisionais, conta a psicóloga Lucilene Zanol, do Judiciário de Rondônia. Ela diz também a grande maioria das presas tem pouca formação escolar e vêm de setores muito vulneráveis da sociedade.
STREIT E AS ONGS
Jorge Streit é muito conhecido em Rondônia. Líder bancário e petista de carteirinha e coração, chegou a disputar eleições, inclusive para o Governo, como candidato por seu partido. Como prêmio, recebeu a presidência da Fundação Banco do Brasil, uma instituição multimilionária. Agora, Streit está no centro do furacão de mais uma grave de denúncia. A entidade teria feito vários contratos ilegais com ONGs ligadas a petistas. Com desvio dinheiro público e envolvido até o talo, Streit pediu demissão do cargo. Continua, contudo, sob investigação e pode sofrer pesados processos.
INFRINGENTES
Esse nome horroroso, que parece apelido de doença terminal, é o que vai decidir de certa forma o tipo de país que queremos. Se o queremos decente e respeitador das leis ou se o queremos com cara de meliante, gerido na malandragem. Os tais embargos infringentes, que ao que parece só existem no Brasil, podem fazer com que o julgamento dos mensaleiros se eternize e a Justiça nunca seja feita. Depende apenas de um homem, o ministro Celso de Mello. Todo o país está de olho nele. Irá, o todo poderoso ministro, mudar a história do país para pior ou para melhor?
QUATRO MESES
A Comissão Processante da Assembleia Legislativa continua parada. Não há o inquérito completo para ser analisado. Deputados que faziam parte da Comissão caíram fora e até um relator já renunciou. Na próxima quarta, tem nova reunião. Só a partir do início oficial dos trabalhos é que começa a contar os 90 dias que a Comissão tem para apresentar seus resultados, com possibilidade de se estender por mais 30 dias. Ou seja, se tudo der certo, em quatro meses se saberá qual o julgamento para os deputados envolvidos na Apocalipse.
ESTILO HERMÍNIO
O deputado Hermínio Coelho não perde a oportunidade de dar uma cacetada no governo, mesmo que for sutil. No caso da reforma administrativa, Hermínio saiu-se com essa, em encontro com servidores da Sead: “se for bom para Rondônia, nenhum deputado vai se opor, mas infelizmente tudo que vem deste governo tem sempre uma pegadinha". O presidente da ALE não perde o estilo. Até quando pode parecer que vai elogiar, critica...
 NÃO MUDA
As várias críticas contra a transformação da Secretaria de Cultura e Esportes, a Secel, numa superintendência, para o governador Confúcio Moura são injustas e exageradas. Ele repetiu, em entrevista à TV Rondônia, o que tem dito sobre o assunto: "o que a Secel faz, ela fará como Superintendência. É a mesma coisa, não muda nada. Será inclusive o mesmo orçamento, não é um retrocesso. Então, essa mudança não trará nenhum prejuízo à classe artística", garantiu, com convicção.
PERGUNTINHA
A antecipação da temporada de chuvas na Amazônia neste ano, tem alguma coisa a ver com as mudanças climáticas do Planeta, como alardeiam alguns ambientalistas ou tudo está dentro da normalidade?
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS