O racha no governo de Rondônia entre o governador Marcos Rocha (UNIÃO) e seu vice, Sérgio Gonçalves (UNIÃO), está indo além de ruptura na gestão e pode trazer complicações eleitorais severas para nomes que já despontam na preferencia do eleitorado nesse período pré-campanha.
Acontece que se decidir por ficar no CPA até o final do seu mandato para impedir que seu atual desafeto público assuma o controle da gestão estadual e literalmente dizime a sua base dentro do Governo, Marcos Rocha acabará impedindo uma possível candidatura da sua esposa, Luana Rocha, e do seu irmão Sandro Rocha.
O motivo desse impedimento é por conta da legislação eleitoral, que impede que parentes diretos de mandatários de cargos no Poder Executivo participem de uma eleição.
Considerada como inelegibilidade reflexa, essa Lei está prevista na Constituição Federal (art. 14, §§ 4º, 7º e 9º), bem como na Lei Complementar n. 64/1990 e na Lei Complementar n. 135/2010.
De acordo com as normas da inelegibilidade reflexa, caso o governador decida não passar a chave para Sérgio Gonçalves, nem sua esposa e nem o seu irmão poderão disputar o pleito, o que seria uma grande frustração ao projeto político da clã Rocha, que vem com grandes pretensões para 2026.