MAIS EXPERIÊNCIA: Os últimos deputados e senadores eleitos foram de baixa experiência

A falta de experiência resulta em graves prejuízos ao estado por falta de acesso aos ministérios e falta de habilidades para negociar

MAIS EXPERIÊNCIA: Os últimos deputados e senadores eleitos foram de baixa experiência

Foto: Divulgação

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Cai, mas aumenta

 

Em 1929, ano da crise que abalou o mundo, o filósofo Antônio Gramsci sacudiu as certezas então existentes afirmando: “O velho morre e o novo não pode nascer”. O “velho” era o capitalismo do vale tudo, de levar vantagem impune sobre as desgraças alheias, sem pensar nos pobres, e o novo acabou sendo a social-democracia, que por longo tempo harmonizou as sociedades, mas acabou sucumbindo ao neoliberalismo no fim do século passado.

Hoje não há mais uma disputa entre “esquerda” e “direita”, mas entre o conservadorismo e o liberalismo, que no Brasil são misturados e cuja mistura se espalha pelo governo, Congresso, Justiça e até na imprensa, onde o noticiário nacional expõe sem muita clareza a disputa entre os que pretendem conservar o espírito da Constituição de 1988 e os que tentam arrombá-la a pretexto de um “liberou geral” que favorece os mais poderosos.

Na Amazônia, por exemplo, conservadores e liberais propagam notícias mistas ora de que o desmatamento aumenta e não tem volta, ora de que vai caindo e há salvação. Com a mistura entre os dois, o que salta à vista é a noção de que o desmatamento está mais controlado, mas a degradação florestal aumenta. Parece contraditório, mas como novamente vivemos uma crise mundial em que o velho sistema morre e um novo ainda não nasceu para substitui-lo, a contradição não é mais a exceção, mas a regra. Logo, há menos desmatamento e mais degradação. Nada de novo.

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Baita desafio

 

Nos últimos dias o noticiário regional tem destacado a volta as lides políticas de lideranças tradicionais, derrotadas nos últimos pleitos ou reabilitadas perante a justiça eleitoral em Rondônia. Elas têm um grande desafio nas eleições de 2026 no enfrentamento com lideranças regionais mais novas, que nos últimos pleitos tem levado a melhor, emplacando políticos mais jovens. Isto decorre de um eleitorado mais jovem   no estado e está renovação tem sido constatada nas câmaras de vereadores e Assembleia Legislativa onde a grande maioria das cadeiras tem sido trocadas majoritariamente.

 

Nomes de destaque

 

Nomes rondonienses que já foram destaques nacionais estão de volta para as pelejas eleitorais no ano que vem em Rondônia. Desde o ex-ministro da Previdência Amir Lando (Porto Velho), que também já foi deputado estadual e senador, ao ex-governaorWaldir Raupp (Rolim de Moura), que foi senador destacado, ao também ex-senador Ernandes Amorim (Ariquemes), todos já septuagenários. Mas a lista é grande, já que o ex-deputado federal Natan Donadon (Vilhena), a ex-deputada estadual Rosária Helena (Ouro Preto do Oeste), o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, o ex-prefeito de Jaru Amauri dos Muletas e tantos outros nomes relevantes também cogitados.

 

Mais experiência

 

Se constatou nos últimos pleitos na disputa das oito cadeiras a Câmara dos Deputados e nas vagas ao Senado a falta de experiência da maioria de nossos parlamentares eleitos, engolidos pelas bancadas federais mais experientes, verdadeiros macacos velhos, do Acre, Amazonas e do Pará. Esta falta de experiência resulta em graves prejuízos ao estado, pois a falta de traquejo destas lideranças inexperientes, ocasiona que não conseguem acesso ao ministério para a liberação de recursos. E quando não, estes recursos se perdem pela falta de acompanhamento nos ministérios ou na falta de projetos das prefeituras municipais.

 

Caravana esperança

 

Lideranças da chamada Caravana Esperança tem se reunido para marcar novos encontros regionais, cuja temporada foi inaugurada com um grande conclave na capital. Os integrantes desta grande coalizão que reúne oito partidos, entre eles o MDB, PT, PSB, PDT, PSOL, Rede, Partido Verde e PC do B. Os próximos encontros vão ocorrer nos polos regionais do estado, como Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes, Rolim de Moura e Guajará Mirim. Esta frente de partidos deverá contar com o senador Confúcio Moura como candidato ao governo estadual e o ex-senador Acir Gurgacz ao Senado. Lembrando que esta aliança já foi bem-sucedida em pleitos anteriores, com Confúcio eleito e reeleito.

 

Estado escolhido

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro já anunciou a candidatura do seu filho Carlos Bolsonaro, atualmente vereador no Rio de Janeiro, para disputar uma cadeira ao Senado num dos estados mais bolsonaristas. O primeiro estado escolhido foi Santa Catarina, mas as lideranças locais se rebelaram e escorraçaram o filho do ex-presidente. Agora o clã Bolsonaro está escolhendo um outro estado para a postulação. Não será no Paraná, já que lá também não tem espaço perante lideranças, mais tradicionais. Estão sendo especulados então, os estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Onde se instalar dará confusão pois as lideranças locais, embora caninamente atreladas ao mito, não aceitam interferências nos seus currais eleitorais.

 

Via Direta

 

*** O fenômeno das terras caídas, que são desbarrancamentos as margens dos rios, voltou a ocorrer em Porto Velho nas proximidades da Estrada do Belmont e as consequências serão ainda mais graves se o desastre natural interromper o funcionamento da estrada *** O governo de Rondônia retomou as ações do programa Tchau Poeira, no bairro Três Marias em Porto Velho, uma região sempre prejudicada pelas alagações nos invernos amazônicos *** O programa é desenvolvido pelo governo do estado, mas tradicionalmente os prefeitos da capital incluem como obras suas quando apresentam  suas estatísticas de final do ano *** A coisa não é muito diferente quanto aos prefeitos do interior.

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