Alçados para altos postos dentro do poder executivo, político e partidário desde que o coronel e amigo de caserna Marcos Rocha (UNIÃO) assumiu o governo estadual, os militares rondonienses já vêm se articulando na busca de um sucessor para Rocha a partir de 2027.
Sempre desconfiados, os militares não andam satisfeitos com possibilidade do vice-governador, Sérgio Gonçalves (UNIÃO), suceder o espólio politico e eleitoral de Marcos Rocha no governo, o principal motivo é que eles não aceitarão bater continência para um civil após oito anos de militarismo no poder de Rondônia. A Policia Militar rondoniense é eminentemente de ideologia 'bolsonarista' e não querem abandonar o 'executivo', Dezenas de oficiais saíram dos quarteis e foram para os corredores do refrigerado palácio.
Mas, a habilidade do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves (UNIÃO), demonstrada durante a difícil reeleição de Rocha em 2022, e que gerou extrema confiança do governador no clã Gonçalves em seu Governo, vem sendo uma pedra no sapato de coronéis, majores, tenentes e sargentos, que almejam ser o candidato governista ao comando do CPA em 2026.
Por esse motivo, a articulação já é grande nos bastidores do Governo do Estado, onde a campanha 2026 já começou. Alguns militares já ensaiam a "fritura" dos irmãos Gonçalves como a única possibilidade de manter um oficial da PM/RO na cadeira de governador, fator que vem tornando o ambiente palaciano um verdadeiro jogo de estratégia.
Faltando menos de um ano e meio para assumir o mandato de governador com a quase certa saída de Marcos Rocha para disputar o senado, Sérgio Gonçalves terá a vantagem de estar com a máquina na mão, o que poderá ser um "tiro de canhão" nas pretensões militaristas de manterem um integrante da PMRO no 'comando geral' do estado. Resta aguardar as cenas do próximo capítulo.