Como já era previsto por muitos, a reunião extraordinária da Mesa Diretora convocada pelo presidente da ALE, Alex Redano (Republicanos), na tarde desta quarta-feira (08), não aconteceu.
Somente o presidente Alex Redano apareceu. O único que justificou a ausência foi Jair Montes (Avante). Pela quinta vez, os demais membros não compareceram e nem deram satisfações.
A “gazeta” coletiva dos deputados parece ter o propósito de dar sobrevida ao mandato de Edson Martins (MDB), considerando que a ALE-RO já recebeu determinação judicial desde o dia 04/08 (há mais de um mês), do Poder Judiciário para afastá-lo das funções parlamentares e ainda declarar o fim do seu mandato, mas segue descumprindo a ordem.
Com essa postura, cinco integrantes da Mesa Diretora não querem cumprir a ordem judicial e dão fôlego ao mandato do colega condenado a perda da função pública.
Dos sete membros da Mesa, apenas Alex Redano e Jair Montes, já registraram em ata que irão cumprir a ordem judicial.
“Isso pode ser jogo de cena. Apenas para criar uma disputa administrativa e a divergência gerar maior tempo de mandato, considerando que o Judiciário já determinou o afastamento imediato de Edson Martins de suas funções parlamentares e isso ainda não foi cumprido pela ALE-RO”, disse uma fonte que pediu para ter a identidade preservada e esteve presente na reunião que não aconteceu.
Sem a resposta de declarar a perda do mandato de Edson, que era aguardada pelo Poder Judiciário, a partir de agora toda Mesa Diretora pode sofrer punição por não ter cumprido com uma ordem judicial, sem ter recorrido dela ou mesmo informado à juíza de Alvorada do Oeste, o motivo de não ter dado cumprimento.
Próximos passos
Entre as punições, ainda está um pedido feito recentemente pela defesa do suplente Saulo Moreira (MDB), que fixa multa diária de 100 mil reais para toda a Mesa Diretora, caso a decisão não seja cumprida imediatamente. O pedido ainda será analisado pela magistrada de Alvorada do Oeste.
“Com o mau exemplo dado pelos deputados, resta ao Poder Judiciário fazer valer a autoridade de suas decisões, fixando multa ou mesmo determinando procedimentos criminais contra aqueles que ao invés de ficar ao lado da Lei, estão flagrantemente no auxílio de um colega que agoniza em seu mandato, mas que junto pode levar mais alguns com ele”, desabafou uma outra fonte que também esteve presente à reunião desta quarta-feira (08).