CURTAS DO ANDREOLI - Aegea, CPI e licitação 'fanta'

COLUNA

09 de Maio de 2017 às 11:21

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CURTAS DO ANDREOLI - Aegea, CPI e licitação 'fanta'

Foto: Divulgação

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Está acontecendo no Estado de Rondônia algo inédito. Prefeitos estão privatizando o sistema de saneamento de seus municípios com recursos garantidos pela união para execução dos mesmos serviços. E Por uma incrível coincidência, em todas as cidades rondonienses, uma só empresa tem vencido estes processos de concessões.

A gigante AEGEA saneamento e participações S/A possuem filiais em todo o Brasil. Segundo site da empresa, em Rondônia atendem quatro munícipios, Ariquemes, Buritis, Pimenta Bueno e Rolim de Moura. A empresa também possui diversas investigações em andamento por parte de órgãos fiscalizadores em todo país.

No último dia 3 de março, a empresa teve R$ 18 milhões bloqueados, alvo de investigação da força-tarefa da Operação Sevandija por suspeita de pagamentos de propina e fraude em licitação de obras do Departamento de Água e Esgoto (Daerp) de Ribeirão Preto (SP). O pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo.( LEIA AQUI)

E foi na pequena cidade Rolim de Moura que no inicio deste ano, uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça suspendeu o contrato firmado com a AEGEA, através de uma ação popular que alegou que a licitação 005/2015 foi eivada de vícios e ilegalidades.

Em 2012, em Ariquemes, a chegada da empresa na cidade ‘pipocaram’ denuncias. Entre elas, que todos os editais de licitação da AEGEA pelos municípios em Rondônia eram todos iguais, inclusive os planos de saneamento eram idênticos. ( LEIA AQUI)

Em 31 de maio do corrente ano, denuncia anônima aportou na ouvidoria do TCE – Tribuna de Contas do Estado revelando que “a empresa sul-mato-grossense “Águas de Guariroba”, pertencente ao Grupo Equipave, pegou 25 vereadores e prefeitos de Rondônia em 2010, levando-os para Campo Grande onde negociou os sistemas de água do município.

Segundo a carta anônima endereçada à Ouvidoria em 2012, foram duas viagens realizadas, uma em novembro e outra em dezembro. Dessa reunião teriam participado um ex-promotor do MP (aposentado) e um ex-senador”. O ex-senador citado é Expedito Junior e seu grupo politico.

A mesma empresa se prepara para “ganhar” a concessão de aguas e esgotos em Porto Velho, através de uma PPP – parceria publico privada, que apesar de ser uma licitação, todos sabem que a referida AEGEA será vencedora do certame.

Parte do plano é desestabilizar a CAERD, onde um deputado está sendo peça chave, ao criar a CPI da CAERD. Viagens do parlamentar e seus encontros com representantes da AEGEA em Ariquemes teriam sido monitorados. Depois de sua visita aos empresários, ‘surgiu’ a CPI.

A criação da Agência de Desenvolvimento da capital também faz parte do ardil para a AEGEA ‘cuidar’ de Porto Velho. Reuniões do atual presidente da recém criada entidade com representantes da empresa também estão sendo ‘acompanhadas’.

E tem mais gente, trabalhando com afinco para a vinda da empresa para capital. Desde vereador até jornalista. Pois bem, a situação da CAERD não é das melhores, mas parece que o negócio agrada os empresários, que querem forçar a barra para rapido ocorrer formalização de parceria. SE a CAERD é tão ruim, qual o interesse?

Em jogo cerca de um bilhão de reais, o que faz qualquer milionário nem querer receber salário.

Uma reunião semana passada no MPE com participação do MPF e representantes da prefeitura da capital, pode finalmente desatar o nó do saneamento da capital.

Uma ação enérgica de órgãos fiscalizadores é aguardada para os próximos dias, com muita gente boa, recebendo o conhecido ‘bom dia’ da polícia.

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