Muitos usuários não conseguem compartilhar seu drama com nenhum amigo ou familiar.
Foto: Divulgação
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Um dos grandes problemas sociais – e também de saúde pública – enfrentados pelos pais e mães de famílias de Porto Velho, o altíssimo índice de consumo de drogas ilícitas será encarado de frente numa eventual administração do promotor aposentado Hildon Chaves, candidato a prefeito pelo PSDB. O alto consumo de drogas por adolescentes e jovens em suas idades mais produtivas constitui-se num grande problema em todo o país. Em Porto Velho, entretanto, essa realidade ganha contornos alarmantes, com a entrada de jovens cada vez mais novos e até mesmo crianças neste universo que aflige grande parcela da população.
O problema é tão grave que hoje, praticamente toda família vive o drama de ter em seu convívio tem alguém envolvida com uso das chamadas ‘drogas pesadas’. Para ajudar as famílias a combater esse problema que costuma mexer com todos os familiares, o candidato tucano foi buscar no “Catálogo Travessia”, o programa “Eu quero sair das Drogas”. O catálogo é um documento de 127 propostas e ideias do PSDB que tem por objetivo ampliar o debate partidário com a sociedade. Para o promotor aposentado, “O maior problema do usuário e dependente de drogas é a ausência de opções de tratamento. Não existem leitos e nem técnicas de tratamento no SUS”. Segundo ele, o que existem são “clínicas privadas e comunidades terapêuticas, mas que a maioria das famílias não podem arcar com a despesa da internação para desintoxicação”.
A proposta adotada por Hildon Chaves prevê o credenciamento das clínicas privadas existentes na Secretaria de Saúde, consolidando uma rede. Inclui ainda a criação de um cartão para as famílias, com 90% dos recursos destinados ao custeio da internação do usuário de drogas e 10% para os gastos das famílias para fazer visitas. Terão direito ao cartão famílias referenciadas pela Assistência Social e com parecer favorável para internação de dois médicos do SUS. Com o cartão “Começar de Novo”, cada família terá o direito de procurar a clínica ou comunidade terapêutica que mais se adeque às expectativas familiares e às necessidades do usuário de drogas.
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PRECONCEITO
Muitos usuários não conseguem compartilhar seu drama com nenhum amigo ou familiar. Usam drogas de forma solitária e chegam a um momento em que sabem que perderam o controle sobre sua dependência, mas não têm coragem de pedir ajuda, pois a vergonha e o medo do preconceito são maiores. Por meio do programa Eu quero Sair das Drogas, o usuário poderá telefonar, usando o nome real ou um pseudônimo, e ser ouvido e avaliado sobre o tipo de tratamento, se residencial, ambulatorial ou internação.
O programa deverá funcionar 24 horas, para que a qualquer momento a pessoa possa ser atendida e apoiada. Em muitos casos, quando um dependente químico fica sem a droga, pode acontecer uma crise familiar e mesmo comunitária. A abstinência gera surtos perigosos para o usuário, para a família e para a comunidade. O Samu Drogas é uma equipe altamente qualificada para ser acionada e ir ao local buscar o dependente que esteja fora de controle ou em risco de morte devido à abstinência. “É preciso levarmos em consideração que se trata de uma epidemia que precisa ser entendida, controlada e enfrentada”.
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