Mais ação, menos discurso - Por Valdemir Caldas

Normalmente, quem atua nessa área não perde a oportunidade de falar, mesmo quando só tem bobagens para dizer.

Da Redação

28 de Julho de 2014 às 08:24

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Mais ação, menos discurso - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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É próprio da atividade política o discurso mais do que a ação. Normalmente, quem atua nessa área não perde a oportunidade de falar, mesmo quando só tem bobagens para dizer. Afinal, falando mais e fazendo menos, ou quase nadaou então simulando alguma coisa, muitos vão levando o eleitorado com a barriga, na base da conversa afiada.

Muitos são os políticos rondonienses que se elegeram e reelegeramlevando o eleitorado no bico, tapeando a realidade dos fatos e daquilo que deveriam fazer de socialmente produtivo para melhorar as condições de vida da população. Em vez disso, preferem a discussão de temas inócuos, relegando o interesse público a um plano secundário.

Exemplo disso pode ser verificado na postura do presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, José Hermínio Coelho (PSD). Desde que chegou à direção daquela casa, Hermínio não tem feito outra coisa senão atacar adversários.

Ele vive esculhambando o governador Confúcio Moura. Já esculachou o senador Valdir Raupp e o então Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania e, hoje, candidato a deputado federal, Marcelo Bessa. Não poupou nem o presidente de seu partido, deputado federal Moreira Mendes.

O mais recente alvo de Hermínio foi o ex-diretor do DER/RO, Lúcio Mosquini, a quem ele teria chamado de “o maior corrupto do governo” Moura. Hermínio só não disse nada até hoje contra o ex-deputado e presidente da ALE/RO, Valter Araújo, de cujas mãos ganhou a presidência do poder legislativo sem fazer nenhum esforço. Por quê?

Como cidadão e, principalmente, como político, que chegou ao poder alçado pela confiança de parcela significativa da sociedade, que nele depositou sua confiança, Hermínio tem todo o direito de expor as estranhas da administração Confúcio, sem, contudo, apelar para o rancor ou sentimento de vindita pessoal, mas de maneira respeitosa, sem recorrer a termos chulos, que em nada se coadunam com a importância e a grandeza do cargo que ele ocupa.

Se Hermínio realmente tem provas que comprometam a conduta de auxiliares ou ex-auxiliares do governador, já deveria tê-las passado às mãos do Ministério Público de Rondônia, que é o órgão competente para apurar os fatos e, se for o caso, representar os responsáveis judicialmente, até para não correr o risco de, amanhã, ser eventualmente acusado de prevaricação, e não ficar por ai expondo-se ao ridículo, nem a instituição que presidente.

A legislatura que se finda foi marcada por um cipoal de escândalos, envolvendo alguns de seus membros. Que moral tem a ALE/RO para exigir correção dos demais poderes, quando ela própria padece de um processo de deterioração, com exceção de uns poucos que lá têm assento. Mais ação e menos discurso é o que espera a população rondoniense de seus representantes nos palácios e nas casas legislativas.

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