A corrida eleitoral em Ariquemes está pegando fogo. Candidatos se degladiando mostra o baixo nível de campanha em algumas esferas e ações chegam aos montes no Tribunal Regional Eleitoral. “Acordos de campanha” dão o tom de uma verdadeira rifa de cargos públicos caso venham a ser eleitos.
O candidato Lorival (PMN) corre um grande risco de ser cassado antes mesmo do dia 7 de outubro. A impugnação pode acontecer depois da divulgação de um vídeo postado no YOUTUBE onde mostra um pastor de uma igreja evangélica defendendo abertamente a candidatura de Lorival Amorim à Prefeitura de Ariquemes. O próprio candidato participa do evento e chega a ser “abençoado” pelo pastor. “Não esqueçam da determinação de Deus, não esqueçam aqui esta o candidato Lorival”, diz o orador, também pedindo que em caso de eleição, ele não esqueça a igreja. “Fique sabendo de uma coisa, conte com minhas orações”, afirmou. A Justiça Eleitoral em Ariquemes analisa o caso e já determinou que Lorival pare com a campanha nos templos em razão da desigualdade de condições com os demais candidatos.
Outro que se complicou muito foi o candidato Saulo da Daniela Amorim (PTB). Em operação no final de semana, a Polícia Civil em Ariquemes prendeu em flagrante os cabos eleitorais Maria Aparecida Dávila e Ione de Melo Barros. Com as duas foram aprendidos blocos com requisição de combustível, adesivos do candidato, trinta e seis folhas contendo lista com nome, endereço e telefone de placa de veículos, vinte e oito fichas em branco e duzentas e ciquenta de instrumento particular de locação de veículo. As testemunhas Rodrigo Granucci, Gutierre Frank de Souza e Kaique Lopes Bacelar confirmara em depoimento ao delegado Ricardo Sousa Rodrigues a doação de combustível pelo comitê e cabos eleitorais do candidato Saulo da Daniela. Kaique Lopes aguardava até uma grande churrascada que iria acontecer na residência de Daniela Amorim.
Dos dois depoimentos das cabos eleitorais presas, a versão mais grave foi apresentada por Ione de Melo Barros. Ela confirmou que trabalha para o candidato do PTB, mas não possui contrato firmado, mas recebe seu salário da empresa TERCOM, que pertenceria a um parente da esposa do candidato, Daniela Amorim. “Quem cadastra os colaboradores para adesivarem seus veículos e divulgarem a campanha e todas as pessoas que possuem contrato recebem requisição de veículos”, disse ela. O inquérito tramita no Ministério Público Eleitoral para providências legais. O candidato do PTB, Saulo da Daniela, não quis comentar o assunto.
Os dois candidatos vem se engalfinhando nos programas eleitorais dando um tom ridículo no uso desse espaço. O que a população quer ver são as propostas de governo e não os “podres” de cada um.
Enquanto isso, os candidatos Adelino Follador (DEM) e Val (PT) vem fazendo uma campanha limpa, longe de escândalos e processos.