O final de semana foi bastante movimentado para a equipe 33 da coligação “Porto Velho é a gente que faz”, que tem por candidato a prefeito da capital Mario Sergio (PMN). No sábado (05), o candidato, acompanhado do presidente municipal do PMN, Romildo Silveira e o vice-presidente do PRB, Carlos Maestro visitou o distrito de São Carlos. As dificuldades foram vistas antes de chegar à localidade. A estrada não oferece segurança, apesar de ter sido encascalhada há pouco tempo. São quase 100 quilômetros de muita poeira que atrapalha o vai e vem dos veículos.
No porto da comunidade de Aliança, Mario Sergio foi abordado pelo bandeirinha Josias que falou sobre o abandono da única ambulância que atende as famílias de São Carlos. “Essas são as condições da ambulância que leva os pacientes a Porto Velho com problema de saúde. O veículo está sucateado, com pneu furado e encostado há dias no estacionamento pegando sol, chuva e muita poeira. É arriscado o doente morre antes de chegar à cidade. Isso se sair daqui”, desabafou Josias, bandeirinha.
Em São Carlos, Mario Sergio caminhou pelas ruas do distrito, onde foi bem recebido pelas famílias da localidade, que agradeceram as benfeitorias que o candidato realizou quando foi presidente da Emdur. “O Mario Sergio teve uma participação efetiva no distrito. Ajudou na iluminação de várias ruas da localidade, na construção e restauração do calçadão. Nós apostamos em Mario Sergio para prefeito, porque sendo apenas secretário, ele já fez o que fez, como prefeito então! Vai fazer muito mais,” salientou Everaldo Mendes, que mora há mais de 30 anos em São Carlos e é pescador.
Entre tantas reclamações apresentadas ao candidato, as principais são: falta de água potável e os descasos com nas áreas da saúde, educação e coleta de lixo. “É no corpo a corpo que constatamos as dificuldades do povo ribeirinho. Por isso estamos aqui, para ouvir as queixas e apresentar nossas propostas do plano de governo. Não é no ar condicionado que as autoridades competentes sabem do dia a dia dessas comunidades. Por esta causa defendo que a Prefeitura faça um trabalho itinerante pelo menos uma vez por mês, para ouvir as principais reivindicações e entrar com providências”, destacou Mario Sergio.
Festa da Melancia
De São Carlos a equipe 33 seguiu para a comunidade de Nazaré, cerca de 2 horas de barco. Mario Sergio participou do 6º Festival da Melancia. Uma festa tradicional que atrai moradores das comunidades adjacentes e turistas para provar as iguarias feitas da fruta e das brincadeiras do festejo.
Deixando a festa de lado, Mario Sergio seguiu o trabalho de campanha visitando, pedindo voto aos moradores e ouvindo os anseios da população. “Nossa situação é complicada. Não temos água potável. A que chega em nossas torneiras vem desse igarapé poluído, não bastasse isso, as famílias sofrem com a falta de água, porque a administração tem apenas uma bomba. Se o administrador passar 15 dias fora de Nazaré, são 15 dias sem água em casa. É uma calamidade!!!”, desabafou Jane Cleide, comerciante.
A comerciante disse ainda que no distrito não há coleta de lixo e tão pouco uma destinação adequada. “O administrador colocou placas por todo lado de “proibido jogar lixo”, mas jogar onde?”, indagou.
“Essa situação do lixo é muito complicada, uma vez que as localidades ribeirinhas vivem esse drama. Sem local adequado para a destinação do lixo, muitos queimam o que não é recomendado, ou então lançam no rio causando a poluição e consequentemente a contaminação do Madeira, onde toda a população do município utiliza. Pior é que entra prefeito e sai prefeito e essa situação permanece a mesma. Temos propostas simples para mudar esse quadro”, argumentou o candidato a prefeito.
Bom Jardim
O domingo (06) foi dedicado à comunidade de Bom Jardim, onde residem mais de 50 famílias que vivem da pesca e da produção de milho, couve, mandioca, feijão, pimentão, maracujá, cupuaçu, limão, banana (várias espécies) e acerola.
Mario Sergio e o presidente municipal do PMN, Romildo Silveira visitaram cada família que moram ao longo de 12 quilômetros. Apesar das dificuldades serem as mesmas, os ribeirinhos desse recanto do Baixo Madeira têm sonhos: Estrada e energia elétrica. “Energia em casa só tem quem possui motor, mas mesmo assim é dificil porque o diesel custa R$ 3 o litro. Por semana cada família gasta em média 80 litros, e o motor só funciona por 3 horas. Como a maioria dos produtores trabalha com polpa de frutas, esse tempo é pouco e a nossa produção acaba estragando. Para nossa tristeza, energia elétrica está há 7 quilômetros de nossa comunidade”, desabafou Cristina Gomes, pequena produtora.
“Beber água gelada, só quando os vizinhos trazem gelo do outro lado do rio”, comentou seu Valdo que mora há 41 anos em Bom Jardim.
Os ribeirinhos reclamam ainda da falta de transporte para escoar a produção. “A Prefeitura de Porto Velho tinha um barco que ajudava no escoamento da produção do Baixo Madeira, mas ao chegar em Bom Jardim já estava lotado. Era se conformar com a perda da produção, mas o pior é que esse barco nem passa mais por essa região”, falou inconformada Maria Auxiliadora de 52 anos.
A esperança para essas famílias é a abertura de cerca de 200 quilômetros de estrada, partindo da BR 319 até a localidade de Itacoã, mas o Ibama impediu os trabalhos de aberta da via por questões ambientais. “O Ibama diz que a estrada passa por dentro de uma reserva e por isso pararam de trabalhar, mas e a gente que precisa dessa estrada, o que faz? Essa via é a uma forma de não perdermos nossa produção, uma vez que o barco não passa mais na localidade!”, falou revoltado Manoel de Jesus Campos, produtor de banana.
Ao conhecer in loco a realidade das famílias de Bom Jardim, Mario Sergio ficou sensibilizado e revoltado com o descaso. “O poder executivo precisa fazer algo pelas comunidades ribeirinhas. Já tenho propostas a serem desenvolvidas quando for prefeito de Porto Velho. Medidas que vão facilitar o escoamento da produção dos ribeirinhos para a cidade, o que vai garantir produtos de qualidade para a população do município, sem falar que vai comprar verduras, legumes e frutas mais baratos. Em minha gestão, a comunidade ribeirinha será valorizada”. Finalizou Mario Sergio.