Deputado Hermínio lamenta imagem negativa de Rondônia em rede nacional

Da Redação

21 de Dezembro de 2011 às 08:08

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Deputado Hermínio lamenta imagem negativa de Rondônia em rede nacional

Foto: Divulgação

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“É triste. Lamento muito ver mais uma vez nosso estado aparecer em cenário nacional negativamente”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), ao ser perguntado pelo radialista Arimar Souza de Sá na segunda-feira (19), durante o programa "A Voz do Povo", na Rádio Cultura, de Porto Velho sobre a matéria exibida pelo Fantástico (Rede Globo) no último domingo, mostrando a corrupção em Rondônia.

Hermínio iniciou a entrevista afirmando ser esperançoso em acreditar que se aprende muito com as coisas ruins. “Hoje em Rondônia ninguém discute políticas públicas. Os políticos estão interessados na prática de ganhar dinheiro fácil com esquemas e cada um trabalha para seu benefício próprio”, declarou o deputado.

O presidente foi enfático ao afirmar que a quadrilha de corruptos veio de dentro do governo e a Assembleia entrou na jogada. “A principal articulação do roubo foi feito dentro do executivo estadual e os deputados entraram no esquema. Os contratos dos marmitex vêm de outros governos e o governador Confúcio invés de cassar se aliou aos empresários. Eu denunciei o valor de mais de 4 milhões que o governo mantinha em contrato com as empresas que forneciam marmitex com comida estragada nos presídios, pedi providências que não foram atendidas”, afirmou Hermínio. Ele defende que sejam construídas cantinas dentro das unidades prisionais e hospitais.

Para o parlamentar, as atitudes dos políticos se tornam corriqueiras e parece que a corrupção na política é coisa legal. “Não podemos responsabilizar o povo pelos políticos que temos, porque nenhum deles traz escrito na testa sua conduta. Mas o povo pode cobrar e participar mais da vida pública do político que elegeu”, disparou o deputado.

Orçamento

Sobre o orçamento de mais de 5 bilhões para 2012 que foi aprovado na última quarta-feira pelos deputados, Coelho ressaltou que, “nossa responsabilidade é fiscalizar a execução do orçamento. Vamos fazer o papel de legislador acompanhar os passos do executivo para não deixar acontecer como em 2011 que foi um ano perdido, só de roubalheiras”, afirmou o presidente.

Questionado sobre a aprovação do projeto de lei de autoria do governo do Estado transferindo a administração da saúde pública para as Organizações Sociais sem fins lucrativos, o deputado reafirmou que sempre foi contra a aprovação do projeto. “Eu lutei até o final para que não fosse aprovado o projeto, porque eu sei que nos estados onde foi implantando o sistema não funcionou e os mesmos tiveram as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas. O próprio governador não sabe o que é organização social, muito menos como funciona”, argumentou Hermínio.

De acordo com o parlamentar, os deputados estavam todos a favor pela aprovação do projeto. No dia que foi aprovado o projeto eu falei que vamos dar 90 dias para o governo resolver o problema da saúde com as OS, mas se chegar o mês de março o povo estiver sendo mal atendido, morrendo nos hospitais do Estado “vamos pedir a cabeça do governador por irresponsabilidade. Ele garantiu mudar a saúde, mas o que ele fez até agora foi piorar a situação no João Paulo II, coisa que achei que seria impossível”, cobrou o deputado.

2012

Para o próximo ano, o presidente destacou a importância de mudar a prática da política priorizando o povo. “O povo de Rondônia é trabalhador, é a população quem produz a riqueza do estado que acaba se concentrando nas mãos de poucos. Os políticos quando estão fazendo campanha dizem que o povo é a prioridade das suas ações, e porque quando se elege esquece isso?”, questionou o parlamentar.

Segundo Hermínio, em sua gestão a Assembléia Legislativa vai sair do cotidiano com coisas boas. “Vamos começar pela continuidade nas obras do novo prédio da Casa de Leis que estão paradas. Vou fazer de tudo para nossa casa ser realmente a Casa do Povo”, declarou. Ao final, o presidente respondeu as perguntas e recebeu apoio dos ouvintes de todo o estado.

Direito ao esquecimento

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