João Paulo II o retrato do descaso - Valdemir Caldas

Não é somente em Rondônia que a saúde pública vai de mal a pior, mas no país inteiro. Entretanto, o que nos difere de algumas regiões é que aqui as soluções andam a passos de tartaruga. É uma apatia, um empurra-empurra danado, que chega a causar asco.

Da Redação

03 de Novembro de 2011 às 08:09

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João Paulo II o retrato do descaso - Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Quantas vezes representantes do Ministério Público foram ao hospital João Paulo II e, diante do desleixo comprovado, prometeram punir as autoridades responsáveis pelo caos? Quantos já foram responsabilizados? Pois é.

A crise no setor da saúde pública de Porto Velho manifesta-se tanto no campo da assistência, com o funcionamento precário das unidades, quanto no terreno da política de recursos humanos, com a deficiência de profissionais.

E quem mais sofre com essa incúria generalizada é o povo, principalmente os segmentos menos aquinhoados da população, aqueles não podem pagar um plano de saúde e acabam morrendo à míngua nos corredores do João Paulo II.

Há muito especialistas vêm alertando as autoridades sobre o colapso que poderia afetar o sistema, diante dos crescentes problemas, que apenas se tornaram mais complexos, à medida que não foram adotadas as providências urgentes e necessárias.

O governo precisa repensar a questão da saúde. Não é possível, em são consciência, admitir que a população, que paga impostos para garantir os meios básicos à própria sobrevivência, com dignidade, seja brutalmente castigada.

Já passou da hora de o governo tirar as idéias do papel e colocá-las em prática. É de uma irresponsabilidade sem tamanho o que vem acontecendo nas dependências do João Paulo II, com pessoas sendo tratadas com se fossem animais. E, o que é pior, ninguém faz nada para enquadrar os culpados. O povo precisa sair às ruas para reclamar seus direitos.

Direito ao esquecimento

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