SERVIDOR PÚBLICO - “Vou continuar votando pelo fim da estabilidade” afirmou candidato ao governo

Da Redação

25 de Outubro de 2010 às 08:53

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SERVIDOR PÚBLICO - “Vou continuar votando pelo fim da estabilidade” afirmou candidato ao governo

Foto: Divulgação

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Nos debates da campanha eleitoral para Presidente da República em 2010, cada candidato surgiu com uma expressão para tentar definir posições ambíguas do adversário. Do tipo falei uma coisa ali, falei outra coisa aqui. José Serra diz que Dilma Roussef tem duas caras. Dilma afirma que Serra tem mil caras.

Em Rondônia, ainda não veio a tona este tipo de afirmação nos debates, mas declarações do candidato Confúcio Moura (PMDB) chamam a atenção, pelas diferentes tomadas de posições públicas. Um exemplo está estampado no Jornal Diário da Amazônia, do dia 12 de novembro de 1997. Numa reportagem, o médico que na época exercia o cargo de deputado federal mostrou outro lado de sua ideologia, que contradiz com suas atuais declarações.

Na época foi votada no Congresso Nacional uma reforma administrativa no sistema de trabalho do funcionalismo público. Uma medida especifica foi alvo de protestos, o fim da estabilidade no emprego. O congresso foi invadido por cerca de 100 servidores e houve um confronto com seguranças da casa que terminou com o saldo de quatro feridos, uma professora levou um pontapé de um agente e uma porta de vidro foi destruída.

No dia seguinte, com o plenário lotado, os deputados votaram o capítulo da reforma que tanto incomoda o funcionalismo. Por 309 votos a 181, apenas 1 a mais do que o necessário, os deputados aprovaram o princípio segundo o qual, os funcionários públicos podem ser demitidos por mau desempenho.

Um dos votos a favor do fim da estabilidade do servidor público foi do então deputado Confúcio Moura.

Na época, em pronunciamento na prefeitura de Ariquemes na cerimônia da entrega de cheques referentes ao repasse do ICMS da extinta Ceron ( antes da empresa ser vendida), Confúcio afirmou que ele foi um dos que votaram a favor do fim da estabilidade do servidor e declarou “vou continuar votando pelo fim da estabilidade”, lembrando que é preciso acabar com os privilégios do funcionalismo público, “estou certo ao votar contra esses privilégios” completou.

Na antiga solenidade o médico estava acompanhado do então governador Valdir Raupp, o ex-prefeito Francisco Sales, o ex-senador Odacir Soares e o ex-deputado estadual Donizetti José.

Já em 2010, Confúcio Moura em declarações públicas e debates eleitorais afirma que irá valorizar o servidor público estadual. Em entrevista a Folha de Rondônia publicada nesta sexta-feira (22) o candidato afirmou que pretende definir o mais rápido possível um plano de cargos e salários para os servidores, onde será definida uma avaliação de acordo com a produtividade e também estabelecida gratificação para quem participar de cursos de capacitação oferecidos pelo governo.

“As ações voltadas ao o servidor serão iniciadas imediatamente. Queremos buscar eficiência no trabalho. Vamos estimular o funcionário público a estudar e pretendemos oferecer cursos. Para isso vamos entrar em contato com a Escola Superior de Administração Pública (Esap), em Brasília”, explicou Confúcio.

Resta saber quais das declarações de Confúcio Moura refletem a realidade do seu pensamento.

O Rondoniaovivo aproveita para reiterar o pedido de entrevista para esclarecer esta e outras opiniões divergentes do candidato. Cientes da responsabilidade social do candidato com os moradores de Rondônia e principalmente os servidores públicos, aguardamos sua visita ao Jornal Eletrônico.

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