As promessas messiânicas do lulismo - Por Valdemir Caldas

Da Redação

20 de Junho de 2009 às 09:33

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As promessas messiânicas do lulismo - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Alvíssaras! Depois de esperar anos a fio pelas promessas irrealizáveis do governo petista, a diretoria executiva do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia (SINDSEF) caiu na real e saiu às ruas da capital para protestar contra o descaso do lulismo para com os servidores.

E podem colocar as barbas de molho, diretoria e servidores, por que dificilmente o governo do PT cumprirá o acordo de reajustar o salário da categoria no mês de julho. Aliás, o lulismo só cumpre acordo com banqueiros e usineiros.

No governo FHC, o servidor público foi tratado como capacho. Com a chegada de Lula ao poder, houve quem acreditasse que a categoria receberia tratamento respeitoso e salário decente.

A realidade, hoje, revela-se extremamente desfavorável ao funcionalismo, especialmente quando se observam as nada sadias intenções do governo em relação a ele.

Direitos que a lei lhes assegura como líquido e certo vêm sendo postergados. A percepção de um salário digno que atenda às suas necessidades básicas e às de sua família não passa de promessas messiânicas. Desenha-se, assim, um painel que só serve ao propósito de revelar contradições que discurso nenhum consegue esconder.

O petismo prega a modernidade do Estado brasileiro, mas não se ouve ou vê qualquer manifestação capaz de garantir futuro adequado aos que respondem pelo funcionamento da máquina burocrática: o servidor público.

O negócio do petismo, aqui e alhures, é inchar a máquina com cabos eleitorais e bajuladores políticos, enquanto os que se têm esforçado para levar à sociedade os serviços que ao poder público incumbe proporcionar são relegados a um plano secundário.

Onde estão os petistas Eduardo Valverde, Anselmo de Jesus e Fátima Cleide, que não movem uma palha para ajudar os servidores públicos federais na luta por melhores salários? O petismo é ágil no gatilho quando se trata de apontar o dedo na direção de adversários, mas é lerdo e incompetente para resolver seus pecados e mazelas.

Depois de servir ao petismo, durante dezenove anos, com lealdade canina, o ex-militante Leonaldo Souza descobriu, agora, que não passou de um títere nas mãos de dirigentes petistas. Por isso, resolveu abandonar o barco dos companheiros. E saiu atirando para todos os lados.

Há quem diga, porém, que Leonaldo só deu com a língua nos dentes por que não teria pegado nenhuma sinecura na administração Sobrinho. Caso contrário continuaria de boca fechada, compactuando com as trapalhadas dos companheiros. Até porque falar de boca cheia é falta de educação.

Já o SINDESEF demorou menos tempo, ou seja, seis anos para descobrir que a política salarial do governo Lula para o pessoal da raia miúda não passou de um engodo. Só agora, caiu a ficha. Antes tarde do que nunca. Afinal, como diz o lema do SINDSEF, “sindicato é para lutar!”.

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