ARTIGO: Roberto e os doadores de campanha – Por Alan Alex

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Foto: Divulgação

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A situação de Roberto Sobrinho ao que tudo indica está ficando cada vez mais complicada. Não bastasse as denúncias que pipocam diariamente na mídia local sobre malversação de recursos públicos por parte de alguns secretários, obras inacabadas, buracos, alagações e abandono da cidade, além da insatisfação de vereadores que não fazem parte de sua base, ainda corre um sério risco de perder o mandato por conta de um erro primário, a falta de abertura de conta bancária para a campanha de reeleição.
Mas o pior ainda está para estourar. Fontes seguras revelaram que alguns empresários que assinaram recibos de doação, atendendo a pedidos da “companheirada”, estão ficando preocupados com a investigação sobre suas receitas. É que a legislação eleitoral diz que pessoa
física pode doar até 10 por cento de sua renda anual, declarada em Imposto de Renda para campanhas, e as empresas até 2 por cento de seu faturamento bruto anual.
Pois bem. Uitlizando uma matemática simples, chegamos a conclusão que, para uma pessoa doar R$ 10 mil, ela terá que ter tido um rendimento bruto declarado de R$ 100 mil em um ano. Já uma empresa que tenha doado R$ 10 mil, terá que apresentar uma declaração anual de R$ 1 milhão. Simples assim. Ocorre que normalmente a Justiça Eleitoral acata o demonstrativo dos candidatos e comitês como verdadeiro, já que utlila o princípio da boa fé. No caso de Roberto foi diferente. Como ele não abriu a conta que deveria, e para “fechar o caixa” apresentou doações que coincidentemente bateram até nos centavos (não faltou nem passou), a Justiça Eleitoral acionou o botão vermelho da desconfiança.
Diversos supostos doadores serão chamados para prestar esclarecimento e certamente terão que apresentar seus comprovantes de rendimentos. Esses serão comparados com os valores doados e aí que a porca vai torcer o rabo.
Há várias eleições que a Justiça Eleitoral vem aprimorando o combate ao chamado caixa dois de campanha. Mecanismos de controle vem sendo desenvolvidos exatamente para pegar os que adotam essa prática nas campanhas e a punição de Roberto Sobrinho seria exemplar.
Primeiro comprovaria  que o discurso de moralidade do Partido dos Trabalhadores não passa de balela. Era muito bonito quando a “companheirada” se reunia em mesa de boteco para discorrer sobre como se comportariam quando chegassem ao poder. Cansei de ouvir discursos apaixonados sobre ética na política, mudanças radicais, prisão de ladrões do dinheiro público, etc, que foram postos de lado após a ascenção do PT.
Em segundo demonstraria que a Justiça Eleitoral realmente anda preocupada em realizar uma “faxina” no processo eleitoral, que convenhamos, anda deixando a desejar principalmente no que tange a prestação de contas de campanha.
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