TSE admite falhas nas informações de prestação de contas de candidatos
Foto: Divulgação
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) admitiu na noite desta quarta-feira (13) que cometeu uma falha na divulgação dos relatórios de arrecadação e despesas dos candidatos a prefeito e a vereador dos municípios do Brasil na terça-feira (12). O sistema teria atribuído erroneamente informações de um candidato a outro.
Os candidatos tinham prazo até o último dia 6 para informar ao TSE quanto arrecadaram e quanto gastaram até agora na campanha eleitoral. Os dados fazem parte do primeiro relatório parcial de prestação de contas. O segundo tem de ser entregue até 6 de setembro, e o relatório final, após a eleição.
Segundo a assessoria do TSE, na primeira prestação de contas, o sistema relacionou de forma errada os endereços dos candidatos na página do tribunal na internet .
Isso quer dizer, conforme a assessoria do tribunal, que quando uma pessoa clicava no candidato a prefeito "X", de uma cidade do Piauí, por exemplo, poderia receber os dados de um candidato a vereador "Y", do Rio Grande do Sul.
Ou mesmo quando um internauta queria consultar o relatório de um candidato a vereador no interior do Acre, poderia acabar vendo, sem saber que estava errado, os dados de um candidato a prefeito de São Paulo.
De acordo com a assessoria, o setor de tecnologia do TSE chegou a informar que a falha havia sido corrigida por volta das 18h30 desta quarta-feira (13), mas o G1 constatou que, mesmo assim, os dados não batiam com aqueles informados por alguns candidatos, consultados por volta das 19h.
Em Curitiba, o valor de despesas do candidato Beto Richa (PSDB) não bateu. Primeiramente, o TSE divulgou R$ 352.184,91. Depois, o site do tribunal alterou para R$ 351.045,91. A assessoria do candidato, porém, disse que o valor total de despesas foi de R$ 416.017,91 (o valor arrecadado conferiu com aquele divulgado nesta quarta pelo TSE: R$ 1.227.202,70). Às 21h, a assessoria do TSE disse que o tribunal havia errado e que os dados divulgados pelo candidato estão corretos.
Ainda na capital paranaense, o valor das despesas de Fabio Camargo (PTB) também não coincidiu. Inicialmente, o TSE informou R$ 32.644. Depois, R$ 31.944. De acordo com a assessoria do candidato, o valor é R$ 36 mil. O valor arrecadado conferiu com o dado de quarta-feira: R$ 38.800.
O candidato Raimundo Angelim (PT), de Rio Branco, tinha arrecadado, segundo o TSE divulgou na terça-feira (12), R$ 25.285,00. Nesta quarta (13), o tribunal informou arrecadação zero desse candidato. Segundo o comitê de Angelim, nenhuma das duas informações está correta.
Tanto no caso de Camargo como de Angelim, o TSE ainda não havia detectado onde estava o erro.
O cronograma inicial do TSE previa a divulgação dos dados de arrecadação e gastos da campanha eleitoral na noite de quarta da semana passada (6). Mas, devido a um congestionamento no site do tribunal, supostamente provocado pelo excesso de candidatos que deixaram para prestar contas na última hora.
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