Apego ao arbítrio - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Num instante em que o Poder Legislativo de Rondônia enfrenta uma das piores fases de sua história, depois do escândalo da folha de pagamento paralela, não tem o menor cabimento admitir a volta do voto secreto, cuja prática abominável foi sepultada na administração do então presidente Carlão de Oliveira. Mesmo que isso ocorra em instituição acostumada a desdenhar dos interesses sociais, o retorno do voto secreto constitui não somente um retrocesso, mas uma afronta à democracia. Segundo o jornal eletrônico Tudo Rondônia, dentre os que defendem essa excrescência legislativa, destacam-se os deputados Jair Miotto, Daniela Amorim, Chico Paraíba, Valter Araújo e Amauri dos Santos. Manda a prudência que os ditos representantes do povo se furtem desse vexame, pelo menos como forma de levar à sociedade a idéia de que realmente estão preocupados com o restabelecimento da credibilidade, desde há muito perdida pela aquela Casa, conquanto a maioria da população não aposte um caroço de feijão podre nessa possibilidade. Em vez de procurar salvaguardar privilégios pessoais ou de grupos, o político precisa agir com pureza de consciência, mantendo suas convicções sempre ligadas por um nexo de coerência e de continuidade, e não atuar sempre em função de prerrogativas individuais e de composições corporativas, que em nada se coadunam com as verdadeiras aspirações sociais. Embora desmoralizados pelo amadurecimento da compreensão de que não passam de expedientes vergonhosos, nem por isso certos atos deixam de existir. Lamentavelmente, sempre há alguém que faz funcionar a incrível versatilidade da esperteza política para colocar em funcionamento a doutrina do “Mateus, primeiro os meus”. Lamentável, ainda, é que muitos, fantasiados de políticos, entendam que se administra a coisa pública como algo particular, pessoal, esquecendo-se completamente dos compromissos de palanque, numa verdadeira verborragia, irresponsável, e que só denigre, descredencia os que defendem as causas populares e os pleitos coletivos. Logo, serão todos julgados, nas urnas, não somente os que desejam respaldar essa imoralidade, essa falta de respeito para com o povo rondoniense, mas, também, os que são contra. Depois, ainda aparecem na televisão, dizendo que a ALE precisa ser administrada com transparência e de forma democrática. Isso, evidentemente, só no discurso, porque, na prática, a situação é completamente diferente. O povo está farto de maus governos e de representantes medíocres, frutos de sua má escolha no passado. Ninguém mais aceita o retorno de atos inúteis. O revigoramento do voto secreto é um retrocesso, com o qual a sociedade não pode concordar. Só os que fazem da política meio de vida é que ainda não perceberam isso. Depois, não adianta chorar o leite derramado.
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