Dirceu tenta hoje novo adiamento na CCJ

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Foto: Divulgação

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*Para não permitir um novo adiamento no julgamento do deputado José Dirceu (PT-SP) no plenário da Câmara, previsto para amanhã, o relator de seu processo, Júlio Delgado (PSB-MG), se antecipou: coletou assinaturas de deputados para tentar impedir que o petista seja beneficiado por uma eventual vitória hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). *Os integrantes da CCJ votam hoje parecer do deputado Sérgio Miranda (PDT-MG) que pode dar novo prazo a Dirceu. Miranda analisa recurso do ex-ministro e aceitou seu pedido de que, somente depois de a CCJ julgar todos os seus recursos, seu caso vá à votação no plenário da Câmara. *Caso o parecer de Miranda seja aprovado, Dirceu pode ganhar mais tempo, pelo menos mais uma semana. Seria preciso esperar duas sessões do plenário, intervalo obrigatório, para submeter o caso aos 513 deputados. Mas o relator Delgado colheu assinaturas para um requerimento pedindo que esse intervalo não seja necessário. Caso o requerimento seja aprovado em plenário, ficará mantido o julgamento de Dirceu amanhã em plenário, como estava previsto, independentemente do resultado de hoje na CCJ. *O relator precisava de 51 assinaturas e, até o início da noite de ontem, já tinha conseguido 62. Caso o parecer de Miranda seja aprovado, Delgado apresentará em seguida seu requerimento em plenário. A Câmara dos Deputados votará então se aprova ou não a dispensa do intervalo. * “Vamos fazer de tudo para evitar novo atraso nesse processo” afirmou Delgado. *O deputado Roberto Magalhães, integrante da CCJ, pode ainda apresentar um voto em separado, diferente do de Sérgio Miranda, e inviabilizar o atraso no processo de Dirceu. No parecer de Miranda, Dirceu sofre uma derrota. O relator não atendeu o pedido do ex-ministro da Casa Civil, de anular seu processo. Dirceu alega que, no Conselho de Ética, as testemunhas de defesa foram ouvidas antes. Para o deputado petista, as testemunhas arroladas pelo relator, que seriam as de acusação, deveriam ter sido ouvidas antes. Para o relator, não houve cerceamento de defesa nesse caso.
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