O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, conversou hoje com lideranças de vários partidos e sinalizou que deve voltar atrás em alguns pontos da decisão que endureceu a regra que trata das alianças eleitorais.
*A expectativa é que até o final do dia, o TSE anuncie que os partidos que não terão candidatos à sucessão presidencial poderão fazer alianças nos Estados com qualquer sigla.
*A regra anunciada anteontem impedida esses acordos. Previa que os partidos que estivessem fora da disputa presidencial só poderiam se coligar entre si.
*"O Marco Aurélio deve ter sentido a pressão de ter feito isso em cima das convenções, criando um sistema esdrúxulo em que os partidos sofrem um impacto com as mudanças das regras do jogo", avaliou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE).
*Freire disse ter informações de que o TSE deverá amenizar a conseqüência da decisão sobre a verticalização, tornando a regra mais flexível. Ele não acredita na revogação da regra, pois as mudanças foram decididas pelo plenário.
*"Acho que, por exemplo, o TSE pode autorizar que os partidos sem candidato à presidência possam entre si fechar coligações nos Estados, que não precisarão ser repetidas em todos os lugares", afirmou.
*Um dos que políticos que conversou hoje com o presidente do TSE é o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador nacional da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. O PSDB teme que a permanecerem as novas regras o partido perca a aliança com o PFL. Alckmin seria um dos mais prejudicados porque já conseguiu consolidar a coligação.