OPERAÇÃO POLÍGONO: Consul da Índia está envolvido em “rolo” de venda de testes para Sesau

O Rondoniaovivo teve acesso de forma exclusiva à detalhes da investigação feita pela Operação Polígrafo, deflagrada no último dia 16 de agosto pela Polícia Federal (PF), e apura supostos superfaturamento nos valores de compra de testes da Covid-19 pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

E uma das pessoas que está com a situação bem complicada, segundo fontes, seria o cônsul honorário da Índia no Brasil, cuja representação diplomática fica em Belo Horizonte (MG).

De acordo com das apurações preliminares, os agentes da PF estiveram no consulado na capital mineira. Ainda segundo essas fontes, o cônsul seria o que iria ganhar a maior parte com os valores desviados. A função dele seria acelerar o registro dos testes na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Tudo com o conhecimento de gente influente.

Supostamente o cônsul “empreendedor” teria até tirado dinheiro do próprio bolso no esquema com possíveis possibilidade de recebimento de 15 reais por cada teste a título de propina.

Mais indícios

Outros dois cônsules honorários da índia participaram do lobby pela venda da Covaxin, a vacina produzida pela empresa indiana Bharat Biotech, para o governo Bolsonaro.

Mas, além de um problema de sobrepreço, a compra foi suspensa pelo Ministério da Saúde, após auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar suspeitas de fraudes em documentos apresentados pela empresa mediadora da venda no Brasil.

O Brasil tem cerca de 300 cônsules honorários atuando em outros países. Além disso, existem cerca de 265 representantes de países estrangeiros com o mesmo cargo em terras brasileiras.