Mãe afirma que educador disse que estudante “tem seios e bunda grande”
Foto: Trecho da conversa entre os pais - Reprodução de tela
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O Ministério Público Estadual (MPE) foi acionado pela mãe de um aluno de uma escola municipal de Guajará-Mirim. O motivo é uma denúncia sobre a conduta inadequada de um professor. Ela alega que o educador disse coisas obscenas para os estudantes enquanto dava as aulas.
"Ele falou em sala de aula que praticar relação sexual era muito bom e que eles não imaginam o quanto é gostoso”, disse a senhora em entrevista para veículos de imprensa da cidade.
As turmas para qual o professor dá aulas tem em média 10 anos de idade. De acordo com a mãe, o filho dela e outros alunos contaram que o professor fala “imoralidades” para todos os alunos da classe “como se tivesse ministrando algum conteúdo”.
De acordo com detalhes passados pelo garoto, o educador fez comentários sobre o corpo de algumas estudantes. Em determinada data, quando uma delas foi até o quadro para resolver questões, o professor teria feito comentários inapropriados sobre as partes íntimas da menina.
“Ele falou para a aluna que ela já era uma mulher, porque tem seios e bunda grande”, falou a mulher.
Ainda segundo a denúncia, o professor também teria praticado intolerância religiosa dentro do colégio público.
“Falou que ele [o estudante] era ‘macumbeiro’ e que se quiser fazer macumba para os alunos, ele ‘fazia para matar’”.
Após ouvir as crianças, a mãe falou com outros pais e mães da sala para repassar o que tinha ouvido e saber se outros alunos já teriam comentado sobre as práticas inadequadas. Eles confirmaram que os estudantes disseram sobre o comportamento do educador.
A mulher informou que já compareceu na escola municipal na semana passada, onde foi informada que as denúncias seriam enviadas para a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Guajará-Mirim. A mãe também foi ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil.
O MPE informou que a Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim realizou atendimento com familiar de um dos alunos sobre a reclamação. O órgão também disse que aguarda resposta direção da escola para avaliar as próximas providências a serem adotadas.
“A Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim realizou atendimento com familiar de um dos alunos acerca da reclamação. Com base nos fatos foram requisitadas informações e providências da direção da escola municipal e da Secretaria Municipal de Educação no prazo de 48 horas e à Delegacia de Polícia no prazo de 10 dias. O MP aguarda resposta para avaliar as próximas providências a serem adotadas”, informou a instituição em nota.
A mãe contou à imprensa que o professor continua dando aulas sob supervisão de uma servidora e que além de seu filho, outros alunos da mesma sala não estão indo para o colégio.
Até o momento, a Prefeitura de Guajará-Mirim não divulgou posicionamento sobre as denúncias.
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