Investigação passou da Polícia Civil para a Federal e não avançou
O atentado com 19 tiros de pistola à sede do Rondoniaovivo, na madrugada do dia 12 de novembro deste ano, completa um mês nesta segunda-feira, 12 de dezembro.
De lá para cá, muitas promessas de resolução rápida do caso e ninguém foi identificado e preso. Nem a caminhonete S10, de cor branca, e modelo 2021 ou 2022 foi rastreada.
Nesse tempo, também houve a mudança de competência da investigação, passando da Polícia Civil de Rondônia para a Polícia Federal, por ter possível motivação política, já que muitas ameaças foram feitas antes dos tiros que destruíram portas, janelas, vidros, perfurou a fachada e causaram outros danos materiais na sede do jornal eletrônico.
Bandido usou calça jeans escura, jaqueta e boné preto; Ele atirou 19 vezes contra sede do jornal e até agora, não foi identificado - Montagem Rondoniaovivo
Uma semana atrás, uma reportagem divulgou o veículo que deu apoio ao ato criminoso, que teve a participação de pelo menos três bandidos: um ao volante, um no banco do passageiro da frente e uma no banco de trás, que é o atirador. Até o momento, nenhuma pessoa foi identificada ou denunciada.
Inclusive, quem souber de alguma informação, pode entrar em contato de forma anônima pelos telefones (69) 99981-5823 (redação do Rondoniaovivo) ou 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). Qualquer detalhe que possa identificar os criminosos será muito bem-vinda.
Caminhonete S10 de cor branca e modelo 2021 ou 2022 ainda não foi rastreada, apesar de vários registros feitos por câmeras de segurança - Reprodução de vídeo
Cobranças
Mesmo com a repercussão nacional e até internacional, até o momento, não houve grandes avanços nas investigações do crime.
Ainda nos dias seguintes ao atentado, o portal de notícias mais acessado de Rondônia recebeu diversas manifestações de apoio de entidades públicas e da sociedade civil organizada: como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Rondônia), Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), UNIR (Universidade Federal de Rondônia), Governo de Rondônia, Instituto Rondoniense de Direito Constitucional e Sindicato dos Jornalistas de Rondônia (Sinjor).
No dia 23 de novembro, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Alex Redano (Republicanos), manifestou solidariedade ao fundador do veículo de comunicação, Paulo Andreoli, e os profissionais que atuam nele.
Para Redano, atacar a imprensa, atacar jornalistas e veículos de comunicação é uma afronta ao estado democrático de direito.
“Isso não cabe mais na nossa sociedade, qualquer ameaça à imprensa ou a liberdade de imprensa, deve ser repudiada por todos e vamos cobrar das autoridades que o caso siga sendo investigado e que os responsáveis sejam punidos”, afirmou Redano.
A presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, disse que o caso representa o agravamento da violência contra jornalistas protagonizada pela extrema-direita.
“A Abraji espera que o agressor seja identificado e punido. E denuncia a crescente violência contra o jornalismo na esteira dos protestos antidemocráticos”, publicou.
O Rondoniaovivo e os jornalistas rondonienses aguardam o esclarecimento dos fatos e que os autores, que se intitulam cidadãos de bem, defensores da pátria e da liberdade, sejam identificados e punidos o quanto antes, até para que sirva de exemplo e evite que novos episódios se repitam.
Homens que expõem fotos intimas das parceiras devem sofrer qual tipo de punição?
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!
Aos leitores, ler com atenção
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.