Um grupo de pessoas está acusando empresários, donos de uma factoring, de estarem pressionando clientes para receber prestações atrasadas. As pessoas alegam que não teriam tido condições de honrar pagamentos por conta da pandemia.
Em razão disso, estariam sofrendo pressão para deixar os contratos em dia ou quitar todo o financiamento. Segundo um dos clientes, os juros pagos estão acima do valor de mercado, mas como havia necessidade imediata de recursos ele contratou financiamento.
O homem afirma que tem um negócio de prestação de serviços, que foi bastante prejudicado com os decretos do governo que teriam cancelado e inviabilizado contratos. Essa vítima alega que tão logo os negócios voltem à normalidade, ele poderá renegociar o empréstimo que fez.
OUTRO LADO
O empresário citado por uma das vítimas, diz que não é mais sócio da empresa de factoring. Ele afirma que por motivos adversos houve um rompimento com os demais sócios.
Enfatiza que a denúncia veio em seu nome por conta de ele ter estado à frente dos negócios da empresa. O empresário esclarece que durante um bom tempo foi o responsável pelas análises de crédito e liberação de valores aos clientes. Hoje, não tenho mais contato com essas pessoas e não falo mais com eles.
“E sobre os juros abusivos, nunca ocorreu. Sempre foi de maneira correta e da forma que ambas as partes concordavam”, disse.
LEGALIDADE
O delegado José Marcos, titular da Central de Polícia da Capital, informou que a atividade de factoring, quando autorizada pela Receita Federal, prevê dispositivos legais que permitem financiamentos e cobranças legais em casos de inadimplência.
O delegado enfatiza que em hipótese alguma, empresas ou empresários podem fazer ameaças para reaver valores de financiamento.