Mulher do prefeito de Candeias mentiu e inventou sequestro
Foto: Divulgação
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Os motivos que levaram a esposa do prefeito de Candeias do Jamari e secretária de saúde, Djeime Cheurie Muniz, a inventar um falso sequestro a polícia não sabe, mas a delegada, Kate Mota, que conduziu as investigações foi taxativa “a mulher mentiu”.
“O sequestro não existiu. As investigações revelaram que ela inventou toda essa situação. Não sabemos o porquê, mas ela mentiu para polícia”, afirmou a delegada que vai enviar o inquérito ao Ministério Público.
No dia 5 de janeiro, Djeime Cheurie Muniz, comunicou a polícia ter sido vítima de um sequestro, quando foi abordada por um homem quando saída da Secretaria de Saúde e obrigada a subir em um ônibus foi parar na cidade boliviana de Guayaramerim. Os supostos sequestradores alegavam em poder do filho da então vítima.
Kate Mota disse que a polícia fez a reconstituição do crime e concluiu que de fato ela percorreu o trajeto até a Bolívia, mas que me nenhum momento estava em poder de sequestradores.
CONTRADIÇÕES
Homem bonito com camisa dos EUA
No primeiro depoimento que deu à delegada Kate Mota, Djeime, afirmou ter sido abordada por um homem bonito que trajava camisa dos Estados Unidos, e por ele, obrigada a embarcar em um ônibus com destino a Porto Velho. NO veículo, esse suposto homem teria entregado a ela um ponto eletrônico e um microfone, equipamentos com os quais matinha contato com os sequestradores.
Ao confrontar o depoimento, a polícia descobriu que esse homem nunca existiu e que testemunhas confirmaram ter visto a mentirosa embarcando sozinha no ônibus.
PORTA MALA DE CARRO
Em outro trecho do depoimento, Djeime, afirmou aos policiais ter sido colocada no porta malas de um carro modelo Ford KA, mas pelo porte físico que possui, a polícia nem precisou de perícia para comprovar que ela não caberia no compartimento.
Mensagens em horários diferentes
Djeime Muniz também afirmou aos investigadores, que foi obrigada a enviar mensagens por meio de um aplicativo de celular, informando que estava em poder de sequestradores. Mas essas mensagens foram enviadas duas horas do momento em que ela alegava ter sido confinada em um hotel, na cidade Guayaramerim, na Bolívia.
MULHER NO HOTEL
A 1ª dama de Candeias ainda sustentou no depoimento que após ser trancada no quarto de um hotel no lado boliviano, ficou sob a escolta de uma mulher que lhe tomou o celular e passou a enviar mensagens, e que por volta das 23 horas, compadecida com a situação dela, a liberou permitindo que fugisse do suposto cativeiro.
A delegada kate Mota esteve no hotel, ouviu funcionários e todos confirmaram que a 1ª de fato se hospedou no hotel, mas ela estava sozinha, sem nenhum acompanhante. Mentira confirmada.
FALSA COMUNICAÇÃO DE CRIME
Ao encerrar as investigações a delegada afirma que a mulher mentiu categoricamente e que agora pode responder na justiça por ter infringido o artigo 340 do Código de Penal, por falsa comunicação de crime.
Os autos vão ser encaminhados ao Ministério Público que vai decidir se oferecer ou não a denúncia contra 1ª Dama da ilusão.
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