Denarc realiza apreensões recordes nos últimos dois anos

Denarc realiza apreensões recordes nos últimos dois anos

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Foto: Divulgação

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Com base no último relatório divulgado pelo Departamento de Investigação Sobre Narcóticos (Denarc), em 2010 foram apreendidos, em Porto Velho, mais de 650 quilos de drogas, sendo 528 de maconha e 122 de cocaína. Em 2011 foram mais de 600 quilos, sendo mais de 516 de maconha e 83 de cocaína.
No ano passado, o número triplicou, foram apreendidos mais de 1,8 toneladas de drogas, sendo que a maioria de maconha. Neste ano, em janeiro foram 73,6 quilos de maconha e pouco mais de um quilo de cocaína. Em fevereiro, mais de 151 quilos de maconha e 1,8 de cocaína. Em março quase 3,7 quilos de maconha e 4,3 de cocaína. Registrando ainda duas apreensões de “ecstasy”, uma de 485 comprimidos e outra de 66.
De acordo com o diretor do Denarc, delegado Adilson Guimarães, a maior dificuldade enfrentada pela polícia, no combate ao narcotráfico, ainda é a organização das quadrilhas que sempre estão inovando e migrando de locais. “É imprescindível a participação da população que vive nas comunidades e detém informações valiosas. Sabemos que há, ainda, um receio com medo de represália, no entanto garantimos o total sigilo, não sendo obrigatória a identificação do denunciante”, ressaltando que a maior parte das apreensões são frutos da participação e denúncias da população.
Assim que é realizada uma apreensão, segundo Adilson, a droga é encaminhada para o laboratório da Polícia Civil, que faz a coleta e análise por meio de reagente químico atestado se a substância é ou não droga. “Estamos trabalhando em conjunto com a justiça para assim que a droga seja periciada, possa ser encaminhada para a incineração, não mais ficando por muito tempo em nosso depósito”, salientou.
Quanto à aplicabilidade da Lei de Tráfico de drogas, Adilson disse que não acredita que há falhas na Lei, e nem que há necessidade de uma reformulação, contudo, segundo ele, existem várias alternativas jurídicas que infelizmente beneficiam os traficantes. “O combate cem por cento do tráfico de drogas é algo quase que impossível de ser feito. Com base em nossas apreensões apenas os pequenos são presos, já que ‘os cabeças’ da organização criminosa são sempre uma pessoa da sociedade acima de qualquer suspeitas”, destacou. 
“Diferente do que muitos pensam, a entrada de drogas em Rondônia não acontece na sua totalidade pela fronteira com a Bolívia. Drogas como cocaína são na sua maioria, originária da Bolívia, já a maconha vem do mato grosso que recebe do Paraguai. Uma boa parte dos carregamentos vêem por vias terrestres, no entanto temos informações de que também existem arremessos feitos por aeronaves em vôos baixos fora do alcance dos radares o que dificulta as prisões”, destacou o delgado Adilson Guimarães.
No mês de marco deste ano foram incinerados entre maconha e cocaína mais de 235 quilos, destacando que foram apenas apreensões feitas pelo Denarc da Capital.
É imprescindível a participação da população para o combate ao narcotráfico, sendo assim, Adilson deixa o telefone 3216 8818 do Denarc para informações e denúncias frisando não ser necessária a identificação.
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