“Noite do Apagão” é encerrada pelo Juizado da Infância e da Juventude

“Noite do Apagão” é encerrada pelo Juizado da Infância e da Juventude

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Foto: Divulgação

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O Serviço de Comissariado do Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de Porto Velho/RO, com apoio da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito, fiscalizou neste sábado (23/3/2013), um evento denominado “noite do apagão”. No local foi constatado que a maioria dos participantes era de adolescentes e o consumo de bebidas era do tipo “open bar”, bebidas alcoólicas e piscina liberadas. Os adolescentes estavam bebendo uma mistura de vodca e suco de frutas vermelhas, muitos estavam em nítido estado de embriaguez .
Após levantamento feito pelo Comissariado nos sites de serviços de relacionamentos, foram obtidas informações sobre o evento denominado "Noite do Apagão”, realizado por um grupo organizado “Ousadoz”, com apoio de vários outros grupos, utilizando publicidade apelativa de cunho sexual, com cobrança no valor de R$ 15,00 pela entrada no evento. O chefe do setor de operações, José Ricardo esclarece que vários grupos de Porto Velho estão usando as redes sociais (facebook e outros) para divulgar os eventos que ocorrem principalmente aos finais de semana, sem restrição de idade, com bebida liberada. As festas acontecem geralmente em locais com piscina, locados sem nenhum contrato, sempre com subterfúgio de ser para comemoração de aniversário.
Com a finalidade de ludibriar fiscalizações, os grupos realizam as festas entre 12h e 19 horas para assim garantir o consumo indiscriminado de bebidas alcoólicas e de drogas. "Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em outra ocasião de fiscalização, foi necessário acionar uma ambulância do SAMU para atender uma adolescente de 14 anos que não conseguia ficar em pé e tampouco pronunciar o seu nome, levada ao pronto atendimento médico, foi constatado alto grau de embriaguez”, afirma José Ricardo. Esclarece ainda, que "Os adolescentes informam os pais que vão para casa de um amigo para uma festa de aniversário, outros nem sequer sabem que os filhos tinham saído de casa".
Os grupos organizados na capital já passam de duzentos e, em sua maioria, surgem para realizar eventos desse tipo, onde o uso abusivo de álcool e drogas deixam adolescentes mais vulneráveis ao abuso sexual, facilitando a prostituição infantil e outros crimes. Ricardo alerta, inclusive, que foi encontrado uma arma branca perfurocortante com um dos adolescentes organizador do evento. Para dificultar os trabalhos dos órgãos de fiscalização, o local dos eventos é anunciado horas antes do inicio, muitas vezes apenas para os compradores do “convite” ou membro de algum dos grupos organizados.
Cerca de trinta adolescentes foram encaminhados ao Plantão Social S.O.S Criança. Os demais foram liberados 
após seus pais ou responsáveis compareceram ao local da festa, sendo devidamente advertidos pelo 1º Conselho Tutelar conforme especifica o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Fornecer bebida alcoólica para adolescente é crime. O chefe do comissariado Raiclin Lima da Silva afirma que as fiscalizações nesses tipos de eventos realizados por esses grupos ou equipes serão intensificadas e conta com a ajuda da sociedade para combater essas atitudes ilícitas. Informações podem ser fornecidas pelo telefone (69) 3217-1264, ou pelo disque 100, não há necessidade de se identificar. “É preciso estar atentos quanto aos locais em que seus filhos frequentam para que não sejam surpreendidos em ocasiões como esta”, afirmou Raiclin.
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