ESCÂNDALO - Casos de estupros são investigados em escola para alunos especiais

Uma série de estupros estaria acontecendo dentro das dependências da Escola Estadual de Educação Especial Professor Abnael Machado de Lima, em Porto Velho.

Da Redação

26 de Fevereiro de 2013 às 14:41

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ESCÂNDALO - Casos de estupros são investigados em escola para alunos especiais

Foto: Divulgação

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Uma série de estupros estaria acontecendo dentro das dependências da Escola Estadual de Educação Especial Professor Abnael Machado de Lima, em Porto Velho. É o que afirma a mãe de uma menina de 12 anos, deficiente auditiva e suposta vítima dos ataques que estariam sendo cometidos por alunos, também portadores de deficiências, da mesma escola.

De acordo com a mãe da menor, que prefere não se identificar, a filha teria chegado em casa na última quarta-feira (20), aos prantos e muito agitada. Através de sinais, a menina contou para a mãe e a tia o que teria ocorrido naquele dia.

“Ela chorava muito e conforme fomos tentando acalmá-la ela conseguiu nos contar sobre o estupro. Três garotos, também deficientes auditivos, a teriam trancado no banheiro da escola e, enquanto dois a seguraram, um teria praticado a violência”, relata a mãe da vítima.

Ainda em choque com a notícia, mãe e tia foram surpreendidas ao saber que não era a primeira vez que a menina teria sido violentada.

“Fiquei desesperada ao saber que a minha criança está sendo estuprada desde o ano passado. Ela nos contou que não falou nada antes porque sofria ameaças constantes. Disse que esses garotos prometeram matar a mim e ao meu marido caso ela nos contasse. Minha filha é só uma criança e sofreu para nos proteger”, desabafa.

Ainda segundo informações da menor, ela não seria a única vítima. Outras três meninas também já teriam sofrido os abusos sexuais dentro da escola.

ESCOLA

Ao procurar a escola para buscar informações, a mãe da menina recebeu uma explicação da professora no mínimo assustadora. “Ela teve a coragem de chamar minha filha de mentirosa e de dizer que já sabia que eles a tinham levado para o banheiro, mas que era apenas curiosidade, queriam ver se minha filha estava menstruada, isso é um absurdo”, conta.

E a omissão da escola toma proporções ainda maiores diante das informações da menor. Segundo ela, por várias vezes a professora teria levado meninas e meninos deficientes aos banheiros para que, “sem roupas se conhecessem melhor”.

“Minha filha contou que eles ficavam nus e que a professora identificava para eles a diferença entre seus órgãos sexuais. Fiquei chocada. Ela também nos contou da sua preocupação com uma amiguinha de apenas nove anos. Minha filha contou que essa menina um dia entrou na sala de aula chorando muito, dizendo na linguagem de sinais para a professora, que estava com muita dor nas suas partes íntimas e que precisava de um médico, mas a professora se negou a dar atendimento. O que se passa nessa escola? Protegemos tanto nossos filhos nas ruas, em casa para descobrir que o perigo está dentro da escola?”, questiona revoltada a mãe.

POLÍCIA

Diante das informações a mãe registrou Boletim de Ocorrência no 8º DP na última sexta-feira. A menina passou por vários exames periciais (fotos) onde ficou constatado o estupro.

A polícia já teria identificado a professora e os supostos acusados que teriam idades de 14, 17 e 19 anos. Os três seriam portadores de deficiência auditiva, assim como as supostas vítimas.

Na noite desta segunda-feira, a mãe da menor procurou a Delegacia de Atos Infracionais que agora investiga o caso.

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