Após 13 horas de julgamento, o cabo PM da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (COE), Antônio Eduardo Guimarães Souza, foi condenado a seis anos de reclusão e perda da função pública, pelo assassinato do professor de informática Josafá Borges da Silva, 23 anos.
O julgamento que aconteceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri, começou por volta das 8 horas desta quinta-feira (18), e terminou às 21 horas. A sentença é para cumprir em regime semi-aberto na Colônia Penal.
O PM foi acusado da morte de Josafá em 2007. O professor foi assassinado dentro de sua residência, no bairro Marcos Freire, durante a noite de 16 de maio durante uma operação da Polícia Militar que procurava o foragido da justiça “Raimundo Boi”, acusado de matar um policial.
Josafá foi confundido com o procurado, na tentativa de se justificar, o PM disse que Josafá havia reagido, estava armado com um revólver de calibre 38 e com a arma disparou um tiro contra o policial. No entanto foi constatado que a vítima não possuía arma de fogo e nem reagiu ao ataque dos policiais.
Josafá morto na frente de seus familiares, era conhecido pelos moradores do bairro por sua boa índole, nunca havia se envolvido em crimes e era membro da religião Testemunhas de Jeová, o que gerou revolta na população da localidade que chegaram a fazer protestos em pedido de justiça.