TERROR NO CAMPO - Quase 60 dias do ataque e nenhum acusado foi preso

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Foto: Divulgação

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Passados quase sessenta dias do ataque terrorista no acampamento Flor do Amazonas, no município de Candeias do Jamari, a Polícia Civil de Rondônia não prendeu nenhum acusado, nem divulga nomes de possíveis suspeitos. Segundo o delegado Everaldo Magalhães, que preside o inquérito policial, os moradores da região continuam sendo ouvidos na delegacia. Laudos periciais também estariam sendo aguardados. Segundo o delegado, hoje o inquérito está no Ministério Público de Rondônia e pelo menos uma prisão preventiva foi decretada. “ Não posso revelar o nome, nem a foto do acusado” afirmou o delegado. ATAQUE COVARDE O acampamento Flor do Amazonas, localizado na Fazenda Urupá, no município de Candeais do Jamari (20 km de Porto Velho), foi alvo de um ataque com requintes de terrorismo na madrugada do dia 29 de junho. De acordo com testemunhas, aproximadamente às 3h da madrugada, dois veículos, uma Toyota Cinza, placa DPS -1127 e uma Fiat Strada, cor vinho, placa NBE – 4084, ambas de Porto Velho, com vários homens encapuzados e fortemente armados, entraram na linha e foram de barraco em barraco, expulsando os invasores. Segundo os moradores, os pistoleiros chegaram atirando e espancando os moradores. Nem crianças foram poupadas da selvageria. Com as pessoas dominadas, os marginais ateavam fogo nos barracos. Um invasor foi baleado na perna. Outro deficiente auditivo ficou com as costas tomadas de lesões. Um carro e uma motocicleta também foram queimados. NOMES Na época, os sem-terra disseram a reportagem do Rondoniaovivo que durante os ataques, um homem era chamado de sargento. Também acusaram um elemento chamado Raimundo Metralha e Geraldo, presidente de uma associação de produtores rurais da região. VERSÃO POLICIAL De acordo com o sub-tenente David Inácio, o Copom da Polícia Militar em Candeias do Jamari recebeu uma chamada por volta de 5h30 . Uma viatura foi deslocada ao local. Na estrada do Rio Preto, a RP cruzou com os carros que vinham em alta velocidade. Foi solicitado apoio, sendo atendido pelo Batalhão de Polícia Ambiental. Enquanto não chegava reforço, segundo o sub-tenente, os policiais se limitaram a seguir os carros de longe. Os marginais entram na BR 364, sentido Ariquemes. O motorista da Toyota Hilux teria parado bruscamente, tendo seu comparsa que dirigia o Fiat Strada abalroado o Hilux na traseira. Ainda segundo o policial militar, os pistoleiros desceram atirando contra a viatura e se embrenharam na mata. Ninguém foi detido. Nos veículos foram apreendidas 8 espingardas, sendo uma calibre 12 de repetição e refrigerada com 30 munições, uma pistolas 380, 2 revólveres calibre 38 e uma faca. Também foram apreendidas quatro moto-serras e várias balaclavas ( tocas ninjas), além de uma farda “camuflada” do Exército. CARROS De acordo com o Detran, os veículos localizados pela Polícia Militar têm como proprietários, Salim Jones (Toyota Hillux), sargento aposentado da PM. O Fiat Strada consta como proprietário Teodoro Ferreira de Brito, mas teriam sido alugados na locadora Portela veículos, na avenida almirante Barroso. O advogado José Martinho de Medeiros, conhecido por Águia Azul, que é representante legal dos acampados, enfatizou ainda que o delegado que preside o inquérito apesar de contar com algumas prisões preventivadas, depende também da homologação das mesmas pela 1ª Vara Criminal de Justiça, onde corre o processo, sob os cuidados do juiz Francisco Borges. A reportagem entrou em contato com o gabinete do juiz para tentar ouvi-lo sobre o caso, mas ele disse que não poderia fornecer qualquer informação porque a Lei da Magistratura não permite. SITUAÇÃO ATUAL DOS ACAMPADOS Atualmente, após o bárbaro ataque terrorista no acampamento Flor do Amazonas, os acampados estão reconstruindo os seus barracos com auxílio de doações e ajuda proveniente de sindicatos, instituições e do comércio local de Candeias do Jamari. Os efeitos psicológicos acarretados nas pessoas que sofreram o atentado – que atingiu principalmente, idosos, mulheres e crianças - naquela madrugada de 29 de junho são irreversíveis, apontaram os próprios acampados, alguns se assustam ao ouvir o menor barulho na mata durante a noite, já pensando em se tratar de um novo ataque. Desde o atentado e cinco dias depois, quando ocorreu uma verificação in loco, com agentes da Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, a segurança foi reforçada e funciona de duas formas: a noturna é feita pelos próprios moradores do acampamento que se revezam na vigília, e durante o dia uma viatura da polícia militar realiza o que foi denominada de “Patrulha Rural”, que fica rondando todo o perímetro onde se localiza o acampamento Flor do Amazonas. De acordo com o advogado José Martinho essa “Patrulha Rural” foi uma solicitação ao Comando Policial de Candeias de Jamari e acatada para preservar a segurança dos acampados no local.
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