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Foto: Divulgação
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Um crime com requintes de crueldade chocou os moradores da BR-432 (antiga RR-170), na zona rural do Município de Caracaraí, região do Baruana, a cerca de 170 quilômetros da sede do município. A vítima foi a dona-de-casa Elenira Carlos da Silva, 43, atingida com vários golpes de faca pelo corpo, dentro de casa e na frente dos filhos. Na tentativa de escapar da morte, correu para a rua, mas foi perseguida pelo assassino que a alcançou e continuou a esfaqueá-la até a morte.
O assassinato ocorreu por volta da 0h30 de quarta-feira e, até o final do dia de ontem, o homicida Gerson Macedo dos Santos, 60, conhecido como “Irmão Gerson”, ainda não tinha sido preso pela polícia. Uma equipe de policiais da Delegacia de Caracaraí foi para a região e está fazendo buscas para encontrá-lo.
O delegado titular Alberto Alencar determinou que seu adjunto, Cid Guimarães, fosse para o local com uma equipe de policiais e investigasse o caso. Também manteve contato com a equipe de peritos da Polícia Civil em Boa Vista para fazer a perícia do crime e do IML (Instituto de Medicina Legal) para fazer a remoção do corpo.
De acordo com o relatório do delegado Cid, a vítima morava com o acusado há cerca de seis meses em uma casa de madeira, no sítio do pai dela, com mais quatro filhos só dela e um neto de nove meses, que acordaram com seus gritos quando começou a ser esfaqueada.
Eles ainda tentaram ajudá-la, mas o acusado os ameaçou e, com medo de serem mortos, alguns deles saíram correndo e gritando por socorro para a mãe, mas ninguém ajudou. Um dos filhos adolescente ainda tentou impedir a morte da mãe, mas o padrasto correu atrás dele, que se escondeu na mata.
Elenira da Silva conseguiu se livrar por um instante do assassino e correu tentando se salvar, mas ele foi atrás dela e depois de correr cerca de 500 metros, a alcançou e voltou a esfaqueá-la, desta vez até a morte na frente da escola da localidade.
Os filhos foram atrás da mãe e, quando a encontraram, ela já estava sem vida. Ainda de madrugada, um dos filhos disse que ligou para a Polícia Militar e informou do crime.
A vítima tinha cortes por várias partes do corpo, inclusive nos braços e mãos, demonstrando que a mulher tentou se defender da fúria do marido. Ela apresentava principalmente cortes profundos no tórax, abdome e nas costas. O crime foi passional e os familiares contaram que o acusado tinha muito ciúme da mulher.
O local onde ocorreu o crime é de difícil acesso e, principalmente devido ao período chuvoso, só depois de várias horas de viagem é que o corpo de Elenira foi removido ao IML em Boa Vista.
Ontem pela manhã, o pai dela, Francisco Carlos da Silva, 66, que esperava a liberação do corpo, conversou com a Folha e cobrou empenho da polícia em prender o acusado, que classificou como um “monstro”. Lembrou que sua filha era muito trabalhadora e vivia muito bem até a chegada desse homem na vida dela.
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