Moisés Silva de Almeida (26), filho de José Afonso Cândido da Silva, o Marrosa, apontado como maior bandido da história policial do Acre, foi preso na tarde de terça-feira, no bairro da Cidade, onde há algum tempo comandava o tráfico de drogas.
Com ele, com um menor de 16 anos e com Alan Paulo da Cruz - este gerenciava várias bocas-de-fumo na capital-, os policiais apreenderam 38 pacotes de 50 gramas, totalizando 1,9 quilo de pasta de coca. Moisés reagiu e tentou fugir, mas acabou sendo baleado de raspão na perna direita.
Moisés seguiu os passos do pai. Marrosa acabou morto com outros três cúmplices na tarde de 13 de dezembro de 1988 por causa de um cerco policial no morro que hoje leva seu nome no bairro Preventório.
A exemplo do pai, Moisés também ingressou no tráfico de tóxicos, porém há quem diga que é bem mais ousado. No ano passado, com quatro cúmplices, trocou tiros com a polícia boliviana no centro de Cobija para resgatar um narcotraficante que estava sendo levado para o presídio.
Há mais de três anos, ele comanda o tráfico no bairro da Cidade Nova e já esteve no presídio. Desde o final do ano passado, quando escapou de uma prisão em flagrante, vinha sendo procurado por ser membro do crime organizado em Rio Branco e ter livre acesso com narcotraficantes bolivianos.
Às 13h30, com um mandado de busca e de apreensão e com informações concretas da Companhia de Operações Especiais (COE) cercaram a casa do traficante, perto da escola Luiza Carneiro Dantas. Alan Paulo da Cruz e um menor de 17 anos foram presos.
Mesmo encurralado, Moisés tentou fugir, mas uma bala atingiu sua coxa direita. Além da drogas, os policiais apreenderam um fato material para o preparo e vários objetos. Os dois foram autuados em flagrante na Central de Polícia e estão no presídio.