O delegado Alberto Dalacosta aguarda apenas o laudo de exame cadavérico do presidiário Omar da Silva Monte, o “Boca”, 24, cujo cadáver foi resgatado das águas do igarapé São Francisco, para poder indiciar o homem que seria responsável pelo assassinato.
Apontado como autor do delito, Mauro Rachid, 21, foi preso na semana passada por envolvimento em outro assassinato, ocorrido no dia 31 de dezembro do ano passado, no bairro Wanderley Dantas.
Boca era presidiário em liberdade condicional e sabia do envolvimento de Rachid em um assassinato no Wanderley Dantas. Ao saber que estava sendo procurado pela polícia como autor do crime, procurou Rachid e ameaçou denunciá-lo, para se livrar da acusação.
A viúva de Boca, Lucicleide da Silva Soares, contou que desde então o marido passou a ser ameaçado de morte por Mauro Rachid. Este teria chegado, inclusive, a procurar a vítima em casa. Na tarde do dia 14 de janeiro Omar saiu numa bicicleta e não retornou.
Familiares iniciaram buscas e teriam encontrado sinais de luta no local onde Boca costumava consumir drogas. Na tarde do dia 16, o cadáver do presidiário foi encontrado boiando nas águas do Igarapé São Francisco, sendo resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Apesar do resultado do exame cadavérico não ser conhecido oficialmente, sabe-se que Boca teria sido morto a pauladas e facadas antes de ser jogado no igarapé.