Acre - Cabeça de detento valeria R$ 25 mil

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Foto: Divulgação

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A direção do presídio descobriu recentemente um plano para matar Jarbas Soares de Lima (29), preso em julho por ser acusado de ter matado uma mulher de uma organização criminosa no bairrro das Placas. Telefonemas aos detentos e interceptados por integrantes do serviço de inteligência a mando da direção do presídio, um homem do Primeiro Comando da Capital (PCC) ofereceu R$ 25 mil a quem matasse o detento. Como medida de segurança, a direção da unidade, em comum acordo com o preso, o transferiu para o sistema de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da unidade de readaptação social Antônio Amaro Alves. O próprio Jarbas, em depoimento prestado à polícia, disse que estava sendo ameaçado e que, antes de ser transferido, chegou a passar muitas noites sem dormir com medo de ser executado. Segundo ele, no Antônio Amaro, se sente mais seguro, já que as celas são unificadas. O COMEÇO Em julho deste ano, Jarbas comprava gado e outros animais, transportando-os para a cidade de Brasiléia, na casa de Suzana. Certa vez, ao deixá-los na fronteira, passou a ser ameaçado por Suzana, natural de São Paulo, que tinha ligações com o crime organizado. Ela alegava que Jarbas apanhou uma mochila com dinheiro. De tanto ser ameaçado, Jarbas se mudou com a família para um novo endereço no bairro das Placas. Em 12 de julho, acabou descoberto por Suzana, que estava com Júnior. Numa conversa com o casal, foi avisado de que tudo não havia passado de um mal-entendido. Jarbas levou o casal à sua nova residência no bairro das Placas, tendo antes, por medida de segurança, mandado que a esposa e um filho menor fossem para a casa de parentes. Júnior e Suzana ficaram no imóvel, e Jarbas saiu para procurar um carro e levá-los a Extrema. Quando retornou cerca de meia hora, encontrou a casa fechada, tendo Júnior aberto a porta. Somente aí descobriu que este havia assassinado Suzana a tiros e que o corpo da mulher estava em cima de sua cama sujo de sangue. Júnior estava com revólver, quando mandou que Jarbas sentasse no assoalho, quando mandou que este assumisse a autoria do delito, pois, caso contrário, voltaria para matar a esposa e dois filhos. No dia seguinte, Jarbas foi preso e, na Delegacia de Crimes contra a Mulher, disse ser o autor do assassinato. ENGANADO No acordo, Júnior disse que tão logo chegasse ao presídio Jarbas teria os melhores advogados da cidade para defendê-lo e, no menor espaço de tempo possível, colocá-lo em liberdade. A promessa não foi cumprida, e o trabalhador, abandonado na casa de detenção. AS AMEAÇAS Jarbas estava preso em um dos pavilhões da unidade de recuperação social dr. Francisco D’Oliveira Conde quando foi procurado por alguém a mando da direção, comunicando que alguém oferecia R$ 25 mil a quem o matasse. De comum acordo com o detento, a direção da unidade prisional o transferido para o presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, onde, a exemplo dos demais presos, está numa cela isolada e, segundo ele, com bem mais segurança. Em seu depoimento prestado à polícia, Jarbas disse que estava com medo de ser assassinado, mesmo estando no Amaro Alves. É que, segundo ele, a maioria dos presos tem mais de 50 anos de cadeia e matar mais uma pessoa nada significa para eles e, por R$ 25 mil, nem se fala.
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