Uma estudante de Ji-Paraná, que fazia medicina em Cochabamba, na Bolívia, foi assassinada no último domingo com 15 facadas desferidas por um boliviano de 23 anos. O crime aconteceu na madrugada do último domingo em um edifício na esquina das avenidas Oquendo com a 16 de Julio, onde vivem vários universitários estrangeiros.
Rossana Alvez Hubner, de 32, foi morta por Roger Torrico, que também cursa medicina. Segundo relatos do tenente-coronel da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (Felcc), Remmy Ampuero, Após o crime ele simulou tentativa de suicídio cortando as veias dos braços. O rapaz está internado no pronto-socorro do Hospital Viedma sob vigilância policial.
Universitários brasileiros velaram o corpo da estudante na Funerária Lara. Comovidos e revoltados com a crueldade, na segunda-feira, fizeram uma passeata exigindo justiça com a punição do culpado.
Dia do crime
Rossana passou o sábado na universidade. No início da noite estava com amigos no apartamento dela. Todos foram embora e ela ficou com Roger. Às 2 horas do domingo, o assassino teria ligado para a casa de uma amiga dando conta que ele e Rossana tinham sido vítimas de maníacos e ela estava morta.
Mata por não aceitar rejeição
Segundo relato contido nas investigações preliminares, Roger teria tentado manter relações com vítima. Como ela recusou houve uma discussão. Isso teria despertado a fúria do estudante. Com uma faca, Roger fez ameaças. Rossana correu para o banheiro. Lá, Roger derrubou-a no chão e golpeou a cabeça dela contra a cerâmica. A polícia encontrou o vaso sanitário quebrado e manchado de sangue. A partir daí Roger desferiu contra a vítima 15 facadas que atingiram a cabeça, os braços e as pernas. Segundo narrou o tenente-coronel Remmy, os ferimentos nos braços e pernas demonstram que a vítima tentava se defender da fúria do assassino. A pancada sofrida por Rossana provocou traumatismo craniano. Após o crime, Roger tentou suicídio cortando os braços e telefonou para uma amiga dizendo que ele e Rosana foram vítimas de maníacos.
Segundo relatou o médico-legista Armando Sierra, Rossana morreu de traumatismo craniano do lado esquerdo. Havia uma abertura na cabeça de cinco centímetros. Marcas de seis facadas na cabeça, cinco nas pernas e quatro nos braços. Foi coletado sêmen na vítima para tentar provar se houve abuso sexual. Roger Torrico recebeu voz de prisão ainda no hospital e assim que tiver alta, será encaminha à penitenciária de Cochabamba.
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