*Agentes da Delegacia-Geral de Homicídios estão investigando as circunstâncias em que se deu a morte do soldado do Exército, Odaildo de Souza Nobre, 22. Ele foi baleado com um tiro no peito por volta das 0h30 de ontem, entre o bairro Araceli Souto Maior e a área de invasão denominada como “bairro Brigadeiro”. Ele morreu ao dar entrada no Pronto Socorro. Conforme informação obtida na Delegacia, um policial militar, que não teve o nome divulgado, se apresentou espontaneamente e assumiu a autoria do tiro.
*Segundo a versão do policial, ele estava em missão junto com um sargento e um agente da Dicap (Divisão de Capturas) da Secretaria de Justiça do Estado investigando o roubo de motos que ocorreram nos últimos dias na cidade. Além disso, investigavam ainda o paradeiro de um foragido da Penitenciária, que acabou preso instantes antes.
*Quando passavam pelo local no carro descaracterizado, se depararam com a vítima em atitude suspeita com uma moto Bros, com as mesmas características de outras duas Bros roubadas no final de semana e na terça-feira passada.
*Ele parou o veículo e, junto com os colegas, se identificou como policial ordenando que o suspeito se identificasse, o que não aconteceu. Segundo ele, para sua surpresa, o militar, até então desconhecido, correu. Ele foi perseguido, mas em seguida sacou uma arma, momento que o policial efetuou dois disparos.
*Após os tiros, o policial e seus colegas interceptaram o suspeito e descobriu que a vítima tinha sido atingida com uma bala. Nesse momento, manteve contato via rádio de comunicação da polícia e solicitou ajuda de alguma viatura que estivesse próximo, informando que estava com um suspeito baleado. Em seguida, chegou ao local o oficial do dia que de imediato colocou a vítima na viatura e seguiu para o Pronto Socorro, no entanto morreu pouco depois.
*IDENTIFICAÇÃO – Só após a morte, já no Pronto Socorro, é que a polícia descobriu que o homem se tratava do soldado do Exército, Odaildo Nobre, que serve no 10º GAC. Um colega dele informou que estavam juntos momentos antes e acabou a gasolina da moto. Por isso teria parado a Bros no local. O colega saiu para comprar gasolina enquanto o militar permaneceu no local esperando o combustível. Quando voltou soube do ocorrido.
*No momento seguinte, o policial se apresentou ao oficial e relatou todo o ocorrido. Durante buscas onde aconteceu a fatalidade, uma guarnição da PM encontrou uma pistola Belga calibre 32, que, para a polícia, seria a arma utilizada por Odaildo.
*A arma foi apreendida e entregue na Polícia Civil, junto com outras duas pistolas do policial militar, sendo uma 40 e outra calibre 9 milímetros. O caso está sendo presidido pelo delegado Jesilton, que ainda ontem fez o interrogatório do policial e seus colegas. Também já estavam sendo ouvidas algumas testemunhas e hoje prossegue a tomada de novos depoimentos.
*Familiares do militar informaram que a vítima havia tirado a moto há poucos dias em um consórcio e repudiaram a ação dos policiais.