Os servidores apenados, nos termos da Lei Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos
Foto: Divulgação
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Em 2018, 65 servidores públicos federais foram punidos por irregularidades e atividades contrárias à lei nos estados da Região Norte: Acre (6), Amapá (5), Amazonas (12), Pará (20), Rondônia (10), Roraima (6) e Tocantins (6). Os dados fazem parte de levantamento divulgado, nesta segunda-feira (28), pela Controladoria-Geral da União (CGU), que reúne as penalidades expulsivas – demissão de servidores efetivos, cassação de aposentadoria e destituição de cargos em comissão – aplicadas por órgãos e autarquias. O total de registros na Região Sul corresponde a cerca de 10,1% dos 643 agentes públicos punidos em todo o país, maior número na comparação dos últimos 16 anos.
Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, a exemplo da Caixa, Correios e Petrobras. Os servidores apenados, nos termos da Lei Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos. A depender do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público. Em todos os casos, as condutas irregulares ficaram comprovadas após condução de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme determina a Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores), que garantiu aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Acre
No Acre, foram seis penalidades expulsivas em 2018, sendo quatro demissões de funcionários efetivos e duas destituições de ocupantes de cargos em comissão. O motivo das expulsões foi dividido igualmente entre prática de atos relacionados à corrupção, com três penalidades aplicadas (50% do total), e abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos, também com três casos (50%).
Entre as unidades da federação, o Acre é o 23º com maior número absoluto de servidores punidos, juntamente com Roraima e Tocantins. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – o Acre é o 18º com maior média: 4,39 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 38 punições expulsivas.
Amapá
No Amapá, foram cinco penalidades expulsivas em 2018, sendo quatro demissões de funcionários efetivos e uma cassação de aposentadoria. O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com quatro penalidades aplicadas, ou 80% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com um caso (20%).
Entre as unidades da federação, o Amapá é o 20º com maior número absoluto de servidores punidos. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – o Amapá é 23º com maior média: 3,46 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 141 punições expulsivas.
Amazonas
No Amazonas, foram 12 penalidades expulsivas em 2018, sendo 11 demissões de funcionários efetivos; uma cassações de aposentadorias. O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com 8 penalidades aplicadas, ou 66,7% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com quatro casos (33,3%).
Entre as unidades da federação, o Amazonas é o 16º com maior número absoluto de servidores punidos. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – o Amazonas é estado com maior média nacional: 10,74 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 281 punições expulsivas.
Pará
No Pará, foram 20 penalidades expulsivas em 2018, sendo 19 demissões de funcionários efetivos e uma destituição de cargo em comissão. O principal motivo das expulsões foi abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos, com 11 penalidades aplicadas, ou 55% do total. Já a prática de atos relacionados à corrupção é o fundamento que vem em seguida, com seis casos (30%).
Entre as unidades da federação, o Pará é o 11º com maior número absoluto de servidores punidos. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – o Pará é 6º com maior média: 7,56 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 301 punições expulsivas.
Rondônia
Em Rondônia, foram dez penalidades expulsivas em 2018, sendo oito demissões de funcionários efetivos; uma cassação de aposentadoria; e uma destituição de cargos em comissão. O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com 8 penalidades aplicadas, ou 80% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com um caso (10%).
Entre as unidades da federação, Rondônia é o 17º com maior número absoluto de servidores punidos, juntamente com Alagoas. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – Rondônia é 16º com maior média: 5,03 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 175 punições expulsivas.
Roraima
Em Roraima, foram seis penalidades expulsivas em 2018, todas referentes a demissões de funcionários efetivos. O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com quatro penalidades aplicadas, ou 66,7% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com dois casos (33,3%).
Entre as unidades da federação, Roraima é o 19º com maior número absoluto de servidores punidos, juntamente com Acre e Tocantins. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – Roraima é 8º com maior média: 7,01 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 104 punições expulsivas.
Tocantins
No Tocantins, foram seis penalidades expulsivas em 2018, todas referentes a demissões de funcionários efetivos. O principal motivo das expulsões foi a prática de atos relacionados à corrupção, com cinco penalidades aplicadas, ou 83,3% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com um caso (16,7%).
Entre as unidades da federação, o Tocantins é o 19º com maior número absoluto de servidores punidos, juntamente com Acre e Roraima. Já na comparação proporcional – que considera o número de punições a cada mil servidores federais – o Tocantins é 7º com maior média: 7,44 por mil. Os dados proporcionais consideram os últimos cinco anos. Desde o início da série histórica, no período de 2003 a 2018, o estado registra um total de 75 punições expulsivas.
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